“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO

SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA”

Sempre começo meus assuntos sem falar do filme, mas aqui vale uma ressalva.

  Neste último fim de semana, assisti ao filme O ÚLTIMO DUELO.

   Um filme que se passa na Idade Média e retrata como eram tratadas as mulheres.

   O que mais me chocou durante o decorrer da história, que adianto aqui ,foi baseada em fatos reais, é a maneira como eram conduzidas as relações de marido e mulher.

  Pois acreditem, o estupro era considerado crime contra o marido, ele que seria a vítima, afinal possuí  aquela mulher e era considerado como um roubo do que lhe pertencia.

  E ainda se  torna mais  cruel a narrativa, pois a tal mulher que fora molestada, ainda será queimada viva, caso seu marido decida ir a duelo e supostamente venha a perder.

  E toda essa trama, me fez pensar nos dias atuais, com tantos feminicídios, porque ainda é incutido na cabeça do homem que a mulher lhe pertence, como um objeto.

  E aqui como sempre faço, darei minha visão otimista realista, estamos sim caminhando para um final disso, só a passos bem lentos, mas como sempre digo, o que vale é o movimento.

  Esta havendo uma discussão do assunto, e no decorrer do filme percebi a crueldade dirigida a mulher, quando uma delas diz a protagonista, que ela deveria ter ficado calada, ter sofrido o estupro e aguentar quieta.

  Essa fez refletir quantas vezes escutei mulheres que eram agredidas fisicamente pelos seus companheiros e acreditavam que era melhor ficarem quietas, pois podia ficar pior, muitas delas sofreram caladas, outras morreram pelas mãos daqueles com os quais acreditou ter uma relação de amor.

  Mas acredito na humanidade, vejo uma luz no fim do túnel, vejo movimentos ainda tímidos , mas que já estão surtindo algum efeito.

   Hoje já é considerado crime o abuso psicológico, de homens com relação a suas companheiras.

   Por essas e outras ações, acredito que estamos no caminho de perder esse título de objeto e passarmos a serem pessoas respeitadas e não repudiadas devido ao serem mulheres.

   Essa foi minha palavra, meu sentimento para essa situação repúdio, nojo, repulsa, porque é isso que é uma atitude assim.

 O filme que me inspirou neste tema foi O ÚLTIMO DUELO , STAR+, vale a pena conferir, nem que seja para sentir repúdio, a atuação dos atores é maravilhosa.

Conheça mais sobre a escritora Li Couto em seu Instagram