“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO

SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA”

Pelos Caminhos do Rock

Selmar Fernando Maia Couto

UM PASSEIO PELOS GRANDES FESTIVAIS DE ROCK

 Começamos a viagem no ano de 1965, no Newport Folk Festival, quando Bob Dylan foi taxado de destruidor da cena folk, ao utilizar guitarras elétricas. Com o decorrer dos anos a apresentação de Dylan ficou conhecida como a primeira “plugada” de sua extensa carreira.

O Festival foi criado em 1959, pioneiro da música moderna, voltado ao Folk, nos embalos do crescente movimento “folk revival”. Como apresentações iniciais teve: Odetta, Pete Seeger, The Weavers e Kingston Trio. Em shows posteriores se apresentaram: John Lee Hooker, Joan Baez, Peter, Paul and Mary e o expoente do gênero, Bob Dylan.

À partir das apresentações elétricas de Dylan com repercussões negativas o fizeram a deixar o folk e a se dedicar ao rock.

 Em 1967, no intuito de fortalecer os movimentos por liberdades civis nos Estados Unidos, no clima do movimento “flower power”, acontece o Monterey Pop Festival, com astros em evidência no circuito do rock: Jimi Hendrix, The Who e Ravi Shankar, Janis Joplin, Otis Redding, Johnny Rivers, Eric Burdon & The Animals, Simon and Garfunkel, Canned Heat, The Byrds, Jefferson Airplane, Scott McKenzie e The Mamas $ The Papas.

 

Monterey foi realizado e na Califórnio e foi o primeiro grande festival de rock do mundo, se tornando  modelo para futuros festivais, principalmente Woodstock.

 

Festival da Ilha de Wight (The Isle of Wight Festival é um que foi  realizado originalmente entre 1968 e 1970, sendo o primeiro em 1 de setembro de 1968. Nessa edição se apresentaram, Jefferson Airplane, The Nice, T Rex e Fairport Conventio, com expoentes.

O festival de 1970, teve um público aproximado de 600.000 pessoas, trazendo atrações que extasiaram os presentes: Procol Harum, The Doors, The Who, Jimi HendrixJoan Baez, Ten Years AfterEmerson, Lake And PalmerMiles Davis, Mungo Jerry, John Sebastian, The Moody BluesJethro TullLeonard CohenRichie HavensPentangleDonovan,  Chicago, Free e Joni Mitchell.

 

Em 1969, durante uma fase de “exposição aquariana” surge o Woodstock Festival, um marco quando falamos em grandes festivais de rock. Foi maior símbolo da contracultura hippie, com três dias de “Paz, amor e liberdade”.

Os grandes nomes do rock do momento se apresentaram, como: Jimi Hendrix, Janis Joplin, The Who, Greatful Dead, Carlos Santana, Joe Cocker, The Band, entre muitos outros.

 Dando um salto nos anos, em 13 de julho de 1985, foi organizdo um evento para arrecadas fundos para erradicar a fome na Etiópia, o Live Aid, com concertos realizados no Wembley Stadium. Característica forte do evento foi a sua grande divulgação, via satélite e transmitido em televisões para mais de 100 países, ao vivo.

Destaques nas apresentações: Queen, David Bowie, U2, Phil Collins, Bob Dylan, Status Quo, Elvis Costello, Dire Straits, Paul Young, Sting, Elton John, Joan Baez, Crosby, Stills and Nash, Reo Speedwagon, B.B. King, Judas Priest, Bryan Adams, Tom Petty, Eric Clapton, Madonna, Neil Young,The Pretenders, Santana e Simple Minds.

E nessa viagem pelos grandes festivais, estacionamos em 1985, no Brasil, no Rock in Rio. Em um país em crise, um publicitário, Roberto Medina, acreditou no sucesso de um evento de rock. E o sucesso aconteceu, com várias noites repletas de pessoas ávidas na boa música, tendo presenças até então, distantes do país como: AC/DC, Yes, Queen, Ozzy Osbourne, Rod Stewart, Iron Maiden, Whitesnake, George Benson, James Taylor, Nina Hagen, Al Jarreau e The B-52’s, além de apresentações de artistas brasileiros, que seria uma constante nos festivais realizados a partir dessa data.

Atualmente existem eventos alternativos que incluem o rock em suas agendas, como o Lollapalooza acontece anualmente, mas grandes festivais voltados exlusivamente ao Rock n’roll estão marcados e eternizados, como os expostos na matéria.

É proibido pixar

É proibido pixar,

no muro que separa as duas terras,

no íntimo de quem luta por um ideal,

bom ou mal.

Nos céus borrados por explosões,

cegando o sol, matando o natural.

Nas paredes que isolam os homens,

tornando-os rivais, sem ideais,

máquinas.

É proibido manchar o que já é sujo,

esse circo que criamos no viver social,

que nos proíbe de matar as causas do mal,

que nos fazem os covardes do não,

do jamais,

que nos tornam impotentes, eternos acomodados.

Tudo é proibido, porque assim o fazem, o querem,

sem nunca ouvirem seus egos,

que os mostram, os forçam a ver,

que somente é,

proibido proibir.

 

Selmar Fernando Maia Couto