ELEGIA IRÔNICA… (ESTES TEMPOS…)
O Tempo escoa célere
e consigo vem trazendo
os fantoches
– brinquedos de Deus –
a gente
Por entre
os Sacrossantos Dedos
fina areia desliza
e avisa
da efemeridade de tudo
O Inexorável
Não dá pra agarrar
o instante que passa
– esta farsa –
E esta impotência
diante de tudo
em vórtice medonho
desnorteia e a Vida afluir
serpenteia
Mas há o ruir dos Sonhos
Cede-se e serve-se
aos Poderosos
o livre-arbítrio
E fazem da gente
brinquedo na Vida
peteca pingue-pongue panqueca ioiô
bexiga furada em festança
O “POU” da explosão
O ‘PÔ”… mas que é isso?!?!?!
E eu… PÔ”…
vou chutando desencantos
por aí:
latas vazias de Esperanças
E a Vida desliza
por entre
os Sacrossantos Dedos
em fios prateados…
Na ponta
a gente
o povo
o engano…
“Ah.. Senhor…
Eu não compreendo
os Teus Sagrados Desígnios…” E calou-se, então, o Poeta…
Do livro: “GERAÇÕES POÉTICAS … DNA ARTÍSTICO” – ANTOLOGIA POÉTICA DE FAMÍLIA
9 Autores – Págs. 128 – 129 – BAEPENDI – MG
Editora/Gráfica SEGRAN