“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO

SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA”

A Academia Caxambuense de Letras inicia as comemorações de natal neste ano de 2022, com publicações sobre a ceia natalina. Desejamos à todos um Feliz Natal e um ano de paz.

Em uma noite abençoada e estrelada de Natal estavam dois garotos maltrapilhos e de pés descalços embaixo de um viaduto olhando o céu e apreciando a luz das estrelas. Quando de repente viu uma estrela cadente cruzar o céu com um raio luminoso e cintilante. Olharam um para o outro e resolveram fazer um pedido.
Alguns minutos depois como num passe de mágica, um casal que passava de carro próximo ao viaduto, vendo os garotos os chamaram e perguntaram:
Hein! Garotos o que fazer embaixo desse viaduto num dia tão especial?
Ah! Vamos passar a noite aqui. Não temos família e vivemos nas ruas.
Como se chamam? Os garotos um pouco amedrontados responderam:
Eu sou o Zezinho. E esse é o meu irmão Pedrinho. Comovidos com a situação
eles indagaram:
Por que vocês não estão com a sua família?
Cabisbaixo e com lágrimas nos olhos disseram: perdemos nossos pais pelo tráfico de drogas e nenhum de nossos parentes puderam ficar conosco, pois não tinham condições financeiras para nos sustentar. Por isso, a única saída que encontramos foi vive nas ruas.
Tadeu e Maria acarinharam suavemente as cabeças dos meninos e os convidaram para passar a ceia natalina em sua casa. Receosos, mas eufóricos de alegria eles foram passar a primeira ceia de natal em um lar. Quando chegaram foram conhecer
toda a casa que estava enfeitada para a grandiosa noite de natal. Na sala principal havia uma árvore de natal repleta luzes coloridas, pisca-pisca e presentes.
Logo depois o casal providenciou um banho para os meninos e arrumou algumas roupas.
Com o badalar do sino que ficava na entrada principal da casa todos se reuniram em torno de uma linda e farta mesa para a ceia de natal. Que foram preparadas com muito amor e carinho pelas ajudantes daquele lar que agora parecia cheio de vida e alegria com a presença inusitadas daquelas lindas e meigas crianças.

Por: Ana Maria Santana