“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO

SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA”

Eis aí uma das mais horríveis palavras. A violência seja psicológica ou física é algo absurdo, se olharmos de forma distante e não no calor das emoções.

   Afinal o que dá o direito de um ser humano agredir outro, seja com palavras ou atitudes, até mesmo chegando aqui, a pontapés e socos.

  Muito tem se abordado esse assunto em documentários, series e filmes. O interessante aqui é como que até bem pouco tempo atrás a violência era vista como normal.

  E aqui não falo só da violência entre homens, mas a doméstica também, há nos dias atuais uma preocupação com a mulher que esta vulnerável, vivendo uma situação de total submissão, onde lhe é tirado até o mínimo de dignidade para sobreviver. E aqui enfatizo sobreviver, porque viver aí já é uma outra história.

   Infelizmente ainda é grande o número de casos de violência, seja doméstica ou social. O que me deixa esperançosa é o fato da sociedade estar percebendo que esse caminho precisa ser reprogramado, como quando recalculamos a rota do Waze para conseguirmos chegar a um local.

   Porque enquanto a violência for tida como a única arma, de manter alguém ao seu lado, ou mesmo de fazer com que alguém faça exatamente o que você deseja, isso ainda irá assombrar toda uma sociedade e as futuras gerações.

   Sigo um canal que esta descomplicando a masculinidade, colocando ela de forma suave e contemplativa, onde eles abordam o quanto é difícil para os homens lidarem com toda essa agressividade, que é estimulada desde a tenra idade.

    O mais interessante desses relatos é o fato de muitos homens relatarem que não gostam desse tipo de situação, mas não sabem como fazer diferente.

    Então como sou uma realista otimista, acredito que a partir dessa nova geração que esta chegando, possamos mostrar que há outras formas de conviver, que a masculinidade não necessariamente tem que estar atrelada a violência e ao domínio do outro, seja esse outro um amigo, um irmão, uma namorada, uma irmã etc.

    É de total responsabilidade nossa ir mudando este contexto. Todas nós devemos e podemos fazer o que quisermos, sem aquela premissa da obediência ao masculino. Afinal quem aqui já não ouviu em um salão de cabelereiros, a declaração de uma mulher dizendo que, não pinta a unha de vermelho porque o parceiro não gosta?

    Temos o compromisso para com as outras mulheres, nossas descendentes de orientar e apoiar, para que esse tipo de situação não mais as assole e seja considerada normal. Estamos dando pequenos passos, mas mesmo assim muito importantes. Que sigamos com fé.

   A série que me inspirou neste tema foi MAID, Netflix, que conta a história de uma jovem mãe, que sofre abusos psicológicos e violência desde a infância e de como ela fará para se livrar disso.

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