“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO

SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA”

Grita geral com relação ao distanciamento, isolamento, flexibilização, lockdown e o escambau. Não sei, sem ler, a diferença, mas sei que todos são variantes do Inferno de Dante Alighieri.

Uns são a favor, como diria Temer, “vamos manter isto daí”.  Outros com saco cheio e bolso vazio clamam pelo libera geral. Embora quase ninguém também saiba do que se trata, uns são contra. Outros a favor.

Mas na verdade já tentaram tudo de tudo quanto é modo.

O raio é: o que funcionou lá não funcionou em acolá. O que deu errado em alhures não foi tão errado em algures. Um pandemônio esta pandemia.

Pode-se criticar, uai, afinal é (ainda) democracia.

Não acho graça é em politizar o coisa ruim, partidarizar este arrenegado.

Parece-me oportunismo na tragédia. Acho feio do lado ao outro lado. Mesmo porque, repito, ninguém é dono da verdade. Não dá para cravar nada nada nada.

Mas é defensável a fórmula adotada em nossa terrinha, aqui no Baependi e em nossa MG. Eu concordo mesmo porque agora é fácil. O “trem” aqui funcionou até agora, pelo menos. Está soltando a rédea devagarinho. Vai ter aumento de casos em Minas, ninguém discute que vai.  Já aqui na terra de Nhá Chica seria ou será início, pois estamos ainda no zero x zero, apesar dos ruídos. Graças a Deus. Neste aspecto nossas autoridades merecem elogio sim. É tristeza, vamos sim piorar.

Mesmo com este certo e esperado aumento de casos, que mais cedo ou tarde iria ter, faz parte da estratégia o afrouxamento paulatino. Fez-se aqui nas alterosas um isolamento de 4 semanas e aproximadamente 70% da população topou. E a recomendação é esta, uns 70% a 80 % dentro de casa por 4 a 8 semanas. Muito mais tempo ou mais gente isolada não adianta, até piora.  Muito menos tempo ou menos que 60% em casa, seria pior ainda.  A estratégia aqui é ir liberando aos poucos.

É macabro e parece meio doido: mas o objetivo é ir infectando todo mundo aos bocados, tão lentamente quanto possível. Pois é isto mesmo que teclei. A não contaminação não é possível tecnicamente. Aí é que está.

A máscara tem agora papel fundamental. Não deveria ser utilizada no queixo, abaixo do nariz, na mão, no porta luvas ou no bolso. Para todos mas principalmente para nós, veios, tinha que ser certinho.

Uma coisa eu não tenho dúvida: os sabichões endinheirados e fazedores de regras lá do norte do planeta, com toda empáfia, grana, garganta, arrogância e mitideza, eles deram é com os burros n’água. Se tivessem um mínimo de humildade e solidez mental só dariam palpites se solicitados. Pois quem, com toda a dinheirama que tem, com 250.000 mortes como os europeus, e mirando o quádruplo disto lá na terra do Tio Sam, eles têm que aprender. EUA, França, Espanha, Itália, China, etc, são exemplo de lambança. Coreia do Sul, a Nova Zelândia e outros similares também não. São arquimilionários, população pequena e muita facilidade para isolar, comprar testes, respiradores e breguetes.

Ao invés de aulinha, bronquinha e pitacos, sim, estes arrogantes históricos tinham que dar dindin, um l’arjent pra nós.  Eu imagino um plano Marshall às avessas. Sem mixaria. Um capilé de 50, 70 mil reais para cada CPF nosso, para gente pagar uns 30 mil em 10 anos, isto para não parecer esmola. Um troço assim. Ou a tragédia financeira vai ser no mesmo naipe da viral e vai afetar eles de tabela. Quem vai comprar as bugigangas deles? E quem irá fornecer carne (de nelore, não é de morcegão não). Eles pagariam 1/1000 parte do tanto que já nos exploraram e não deixavam desandar de vez.

Agora os palpites, pitacos e as críticas destes caras (de pau) eu dispensaria. A nossa parte pode vir em capilé mesmo! Um cascalho que pode ser em real, não somos enjoados, manda pra nós diretamente da China ou da Conchichina, diretão da conta do euro em Frankfurt para nossa continha na Caixa ou no Mercantil.  Passar por Brasília? Melhor não né? Fica a sugestão do Tio Edson ao pessoal ricaço lá de cima.

Dr. Edson Lopes Libanio é o atual Presidente da Regional Sul da Sociedade Mineira de Pediatria (pela 5º vez). É diretor Médico da Clínica Baependi. Foi diretor algumas vezes da Sociedade Mineira de Pediatria e da Sociedade Brasileira de Pediatria. Foi Auditor Médico do Ministério da Saúde por 30 anos. Foi Pediatra da SES MG. Tem inúmeros outros cargos classistas em sua história de vida, desde Diretor Clínico do HCMR algumas vezes até da diretoria da AMMG. Mas gosta de ser apresentado mesmo como um Pediatra do interior.