“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO

SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA”

Matéria atualizada às 16h38 de 08 de março de 2024

Retificação às 15h57 de 11 de março de 2024: conforme a testemunha, o episódio se deu quando a senhora jogar uma pasta no rosto da vereadora e cair um papel na mesa. Quando um dos filhos foi pegar o documento, ela achou que era o telefone e teve início a discussão; logo após, a vereadora verificou que o celular estava em sua posse. A vereadora se desculpou e saíram do prédio da Câmara discutindo.

No fim da tarde da última terça-feira, 5 de março, a vereadora Sandra de Castro Ferraz e a secretária legislativa da Câmara de Cristina, Karine Tayane Silva Paula, teriam sido surpreendidas por três moradores da cidade que adentraram a sala onde estavam. Os cidadãos, uma mulher e seus dois filhos, teriam a intenção de tratar sobre fotos e filmagens de propriedade particular feitas sem autorização pela vereadora.

O imóvel pertence a um funcionário público e a alegação dos moradores é que a vereadora teria adentrado a propriedade, sem autorização e sem a presença dos donos, e feito filmagens e fotos de funcionários da prefeitura trabalhando em obras no local. A confusão teve início dentro da Câmara quando, segundo os cidadãos, a vereadora teria segurado pela mão de um dos rapazes o acusando de tentar pegar seu celular. A vereadora Sandra teria sido atingida no rosto pela mulher, esposa de tal funcionário, dentro da Casa Legislativa; a secretária Karine teria testemunhado o acontecido.

No mesmo dia, a vereadora teria sido orientada a procurar pela autoridade policial para prestar informações do ocorrido. Os familiares, que alegam invasão de propriedade por parte da vereadora, também teriam sido orientados a procurar a polícia. Todos também teriam recebido orientação para realização de corpo de delito, caso necessário após verificação da situação pela autoridade policial.

O presidente da Câmara de Cristina, vereador Juninho Reis, afirmou em conversa com o JORNAL PANORAMA que aguarda a apuração dos fatos para tomar as medidas legais e regimentais cabíveis. Nesta quarta-feira, 06 de março, foi publicada a portaria 08/2024, em que o presidente determina regime de expediente interno, sem atendimento ao público, a fim de evitar novo encontro entre os envolvidos. “Tomei essa medida pois, após as partes serem ouvidas pela autoridade policial, os familiares me comunicaram que viriam junto à secretaria legislativa protocolar o boletim de ocorrência para que providências sejam tomadas. Podendo, dessa maneira, ter o tempo necessário para entender os fatos e providenciar os devidos encaminhamentos. Mesmo sendo de domínio público, os Boletins de Ocorrência foram anexados junto aos protocolos de entrada e serão, em 24 horas, repassados ao nosso jurídico e nossa assistência jurídica para análise das medidas a serem tomadas. Também aguardaremos pelo manifesto das autoridades policiais e pelo judiciário pelo trâmite”, explicou o presidente.

“Minha posição, como presidente da Câmara, foi, após o ocorrido, tranquilizar os ânimos, orientando a ambos procurarem por seus direitos junto à autoridade policial, uma vez que não houve, conforme documentação, lesão corporal a nenhuma das partes, apenas ânimos alterados a serem investigados. Também já qualificamos todos os envolvidos para serem ouvidos e estaremos amanhã solicitando informações sobre os funcionários públicos envolvidos no fato e informações sobre quem estava no momento em que a vereadora adentrou o imóvel, pois não foram ainda identificados. Buscaremos essas informações junto ao Executivo”, completou o presidente Juninho Reis.

Por Juliana Carvalho

Foto: reprodução/ Câmara Municipal de Cristina