“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO

SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA”

Organizado pela Associação Cultural Bangalô da Capoeira, junto ao mestre Tucano Preto, o evento “Vem Mano Meu” chegou a sua quarta edição no sábado, 7 de março, em São Lourenço. Com diversos apoios institucionais e culturais, o evento contou ainda com o apoio da Prefeitura Municipal de São Lourenço, por meio da Diretoria de Cultura, e São Lourenço Convention & Visitors Bureau.

O Jongo é um patrimônio Imaterial registrado pelo IPHAN. É uma forma de expressão afro-brasileira que integra percussão de tambores, dança coletiva e cantoria com elementos mágicos-poéticos. Uma forma de louvar os antepassados, consolidar tradições e afirmar identidades.

“Está sendo lindo e importante para nossa cidade. O professor Ronaldo Sonyc abordou os elementos centrais do jongo, as matérias primas na confecção dos tambores, a madeira e o couro, nestes que são reverenciados para abrir a roda, além dos pontos e das palavras cantadas de expressões únicas na cultura do Jongo. É um encontro que proporciona o diálogo para além da cultura de massa, valorizando e reconhecendo a multifacetada identidade cultural brasileira, presente fortemente na nossa Mantiqueira”, falou, agradecida, a Diretora de Cultura Paula Alves Netto.

Sobre o projeto
A Associação Cultural Bangalô da Capoeira é um projeto social de capoeira que existe há sete anos, fundada pelo graduado Ericsson Maradona Noronha dos Santos, e que há quatro anos vem sendo desenvolvida por Anderson Aparício Catarino e Luciana Maciel Alves, hoje presidente, idealizadora, aluna e voluntária do projeto. “Nosso objetivo é preparar novos atletas que acrescentem e difundam a capoeira em todos os ambientes da sociedade, através de aulas, oficinas, palestras e eventos diversos, estimulando, apoiando e promovendo sua missão”, conta Luciana Alves.

O projeto hoje atende 50 alunos desde os 3 anos até a idade adulta. A associação representa a escola de capoeira Abassá Dendê Maruô, administrada por Ricardo Laércio da Silva Oliveira, Mestre Tucano Preto. O nome da escola vem do dialeto Yorubá, que significa “caminho da prosperidade”. As aulas são ministradas pelos professores graduados Anderson Aparício Catarino, mais conhecido como Sarará, e Fabrício Vanine Gabriel Pimenta da Cruz, o Quinduke, também voluntários.

O 4° Vem Mano Meu é um evento organizado uma vez no ano com o intuito de apresentar os alunos iniciantes para o mundo da capoeira, testar o conhecimento e incentivar aqueles que trocaram de corda. Participaram 80 capoeiristas, sendo 30 do estado de São Paulo e redondezas de Minas Gerais. Ao todo, 14 alunos foram batizados e oito trocaram de corda.

“O Projeto Bangalô da Capoeira deixa seus agradecimentos a todos que contribuíram para mais uma festa. Sem ajuda e parceria nada teria acontecido”, destaca Luciana.

Fonte: Prefeitura Municipal de São Lourenço
Com informações de Luciana Maciel Alves/ Associação Cultural Bangalô da Capoeira

Fotos: Luciana Maciel Alves/ Associação Cultural Bangalô da Capoeira