Tá aí uma palavrinha danada de subjetiva.
A dependência na infância é um fato. Ninguém questiona, e para alguns também o é na velhice.
Mas o que a deixa pesada?
Sua interpretação, pois afinal, sempre dependemos de algo ou alguém. Pare e pense.
Há inúmeros profissionais dos quais, temos uma dependência diária. E muitas vezes nem percebemos. Um deles, os coletores do lixo que produzimos, pense uma vida sem eles?!
Os caminhoneiros, já tivemos no passado aqui no Brasil, o efeito da ausência deles. Entre tantos outros profissionais, tão importantes, no nosso dia a dia, que acabamos nem percebendo a sua contribuição magnifica para que nossas vidas sigam de forma harmoniosa.
Na pandemia, tivemos a oportunidade de vivenciar, a importância da área da saúde em nosso cotidiano, hoje podemos agradecer estarmos voltando a ter as atividades de antes, através do trabalho desse grupo.
E convenhamos, uma coisa é certa, sempre haverá dependência em nossa vida, seja ela direta ou indireta.
Mas, existe aquela que como sendo direta, afeta muitas pessoas. Que é quando você acredita, só poder viver, se aquela pessoa, o estiver monitorando.
E pasmem. Muitas vezes, você vivia, relativamente bem, antes daquela pessoa chegar em sua vida. Aí coloco o caso de alguns pais, que antes dos filhos chegarem conseguiam resolver suas coisas de uma forma ou de outra.
E conforme seus filhos crescem, acabam que se colocando numa posição de serem cuidados e assessorados por esses filhos, em tarefas muitas vezes, relativamente simples. O motivo disso não sei dizer.
Tirando alguns casos, graves, vamos chamar assim, a tal dependência , pode deixar de existir. Mas pelo que acompanho de casos que conheço, ela só é dissolvida e ressignificada, quando o cuidador, no caso aqui relatado, filho ou filha, resolve romper esse laço, ou nó. Dependendo do ponto de vista.
E o que mais vejo, é que esses pais, acabam conseguindo guiar suas vidas de uma maneira que os tornem independentes.
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