“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO

SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA”

  Uma vez ouvi de um médico que cuidava das minhas filhas, que a dor no joelho que ambas sentiam muito na infância, era dor do crescimento.

  Lembro que fui para a casa pensando, dor do crescimento, quando era criança, o máximo que ouvi era que quando sonhava que estava caindo, é porque estava crescendo. Deve ser verdade essa informação, pois depois de adulta nunca mais sonhei que estou caindo.

  Mas há uma dor quando crescemos que quase não é falada, que é a dor de romper com os velhos costumes, crenças da família, que muitas vezes leva o adolescente a se sentir culpado por não pensar como os pais, tios e avós.

  O interessante é que a família costuma misturar isso com amor, eles vinculam a total aceitação, de seja lá o que for como prova de amor do filho ou filha.

  Mas essa é uma situação injusta para nossos jovens, que crescem em meio a tantas novas possibilidades que é natural do desenvolvimento humano e se deparam com uma imposição de engessamento nada animador.

   Então crescer dói em todos os sentidos. E para deixar ainda mais confuso há as transformações com a turma entre outras.

   Como a própria transformação do corpo, que nem é de adulto, e muito menos de uma criança. É uma fase bem complexa.

   Mas como sabem sou uma realista otimista, e já venho acompanhando grande progresso dessa nova geração em mostrar aos seus pais, que apesar de quererem seguir caminhos novos, não deixam de pertencer a família, pelo contrário vão trazer frescor, novidades.

  Aqui quero deixar bem claro, dentro da minha concepção, que não é esperado que os familiares mais velhos abram mão de sua forma de viver, mas que aceitem as transformações do mundo.

   Com toda a tecnologia e maneiras mais rápidas de se resolver várias coisas. Acredito que só o fato de não obrigar um jovem a viver no século passado já é válida para aqueles pais ainda tão apegados a suas próprias maneiras de viver a vida.

   Cabe aos mais jovens, a tarefa de fazer uma mesclagem das informações que recebem, guardando um espaço para o respeito e carinho a sua história familiar e a desenvoltura de adquirir novos conceitos.

    A animação que me inspirou neste tema foi RED, CRESCER É UMA FERA, canal Disney Plus, que conta a história de uma adolescente que a cada nova emoção se transforma num panda vermelho. E descobre que isso aconteceu com suas antepassadas também, uma divertida reflexão sobre crenças e costumes. Vale a pena conferir. 

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Por Li Couto