“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO

SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA”

Convenhamos essa é uma palavra que nos leva a pensar em algo bom , certo?   

Acredito que sim, é muito positivo termos ambição, de melhorarmos de vida, de fazermos a tal viagem, caríssima, de comprar um imóvel, um carro, um cavalo, uma fazenda, enfim,  adquirir tudo aquilo que nos encanta, que em nossa concepção nos trará, alegria.

Agora ela se torna macabra, quando nos domina, ao ponto de cegar para o que é certo e de bom tom. Que para atingirmos a tal coisa desejada, passamos por cima de tudo e de todos.

E tudo gira em torno dessa palavra, ambição, que usada com moderação e de maneira saudável, traz consigo bons agouros, bons frutos, e muitas vezes até chega a ser generosa, afinal a ambição pode fazer com que pessoas que o acompanham, também seja alvo de tal contentamento. E isso é maravilhoso, compartilhar, ampliar. Tudo que o novo mundo, prega, que haja mais o compartilhamento do que a  divisão

E como aqui passamos a pensar pelos dois ângulos da palavra, essa em particular se torna, macabra, a partir do momento em que , passa do ponto do querer, adquirir, para o lado do possuir, a qualquer custo.

Nesse momento, a pessoa que quer possuir, perde total noção de lugar, hora ou discernimento, de com quem esta, como esta pessoa convive com toda a sua ganância. Ela simplesmente se cega para tudo e todos.

Passa a ver somente o objeto de seu interesse, perde total noção de espaço ou tempo. Para atingir seu objetivo, esta disposto a tudo, até mesmo a ignorar as necessidades daqueles que por ventura precisam dele ou dela para algo.

Seu olhar tem somente um alvo, sua conquista, passa a estudar a arte de enganar, de manipular, estuda as pessoas como se fossem meros marionetes para atingir seus objetivos.

Mas tem um senão, aqui, na maioria das vezes, esses seres, ambiciosos ao extremo, só são freados, por outro, tão ou mais ambicioso ainda, do que o indivíduo aqui relatado. Nesse contexto, ele se deixar levar pela ambição e é ludibriado por um ainda mais ardiloso do que ele ou ela.

E quando menos percebe é passado para trás, ficando sem absolutamente nada, ou quase nada. Observe ao seu redor, por acaso conhece alguém assim? Tenho certeza de que se não conhece já leu ou ouviu alguma história de um desfecho parecido com o que relatei aqui.

O filme que me inspirou neste tema foi O BECO DO PESADELO, canal Star+, que concorreu ao Oscar de melhor filme, onde um homem aprende a arte de ludibriar, através de truques de mágica e adivinhações, ele decide abandonar o circo e construir carreira solo, mas carrega consigo sua esposa. E no decorrer da história, a ambição o cega.

Conheça mais sobre a escritora Li Couto