“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO

SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA”

Depois de longo, e este foi tenebroso mesmo, inverno volto para instigar e incomodar quem se atreva a ler esta coluninha.

A tentativa é não falar tanto de covid19.

Só ao início e ao fim, prometo.

Como previa-se e escrevi no longínquo março, provavelmente em novembro vamos ter vacina. Ao máximo em janeiro. E boas vacinas.

Mas não para todos. Os grupos de risco talvez tenham sim.

E cada vez mais me convenço que administração pública, seja ela qual for, se guia por fatores econômicos. Os ricos e abastados terão a vacina primeiro, alguém duvida?

Igual lixo. Perto dos pobres, pode sim. Dos ricos, nem pensar. Mas aí é outro assunto, vou usar este gentil espaço nesta causa, sem politizar.

Toninho, Dona Salete, Silvana, o querido Luisinho, o Seu Dinho, que sofrem ao lado do lixão a céu aberto, estes que se conformem.

Afinal já acostumados, são anos e anos.

Não é culpa de nenhum administrador público, é até injusto pensar assim. É culpa da cultura do País. Perto de pobre sem problemas. Qualquer coisa pode.

Dia destes ainda falei ao Luisinho: “Deixe quieto o lixão. Se não daqui a pouco tiram o lixão e colocam dejetos nucleares aqui na usina”. E neste caso não vai ter carreata, carros adesivados e nem apresentador de TV vindo prestar jitório. Afinal é gueto predominante de pobres.

Mas o que acontece é a poluição que pode estar chegando até a água, a água que deságua perto da captação de água da Copasa. Trava língua danado.

Acredito, não sou minimamente conhecedor deste assunto, opinião rasteira mesmo: acho que o tratamento da COPASA resolve.

A COPASA ainda é uma empresa muito confiável. Mas que é esquisito, isto é. Não temos como não imaginar a sacolinha com resto da pizza de ontem, voltando para nossa casa via torneira.

Tudo bem, com cloro que aí eu tenho certeza, funciona mesmo. Ao contrário da quase xará cloroquina, que não funciona para o covid19. Isto eu tenho certeza também.

Sem politizar, por favor. Nem uma coisa e nem a outra coisa.

Dr. Edson Lopes Libanio é o atual Presidente da Regional Sul da Sociedade Mineira de Pediatria (pela 5º vez). É diretor Médico da Clínica Baependi. Foi diretor algumas vezes da Sociedade Mineira de Pediatria e da Sociedade Brasileira de Pediatria. Foi Auditor Médico do Ministério da Saúde por 30 anos. Foi Pediatra da SES MG. Tem inúmeros outros cargos classistas em sua história de vida, desde Diretor Clínico do HCMR algumas vezes até da diretoria da AMMG. Mas gosta de ser apresentado mesmo como um Pediatra do interior.