O tempo passou tão de repente,
mas não apagou do coração da gente
a tua lembrança Vovó Majuca.
Trago-te viva dentro do peito,
com teus cabelos brancos, prateados,
com teu rosto moreno, corado
e teus risos alegres zombeteiros…
Recordo-me tão bem de tuas estórias
da ”casa de cima”, das laranjas e goiabas,
chego a sentir ainda o gosto dos ovos queimados,
Dos biscoitos, dos licores e melados…
Melados tão doces, como doces eram teus olhos,
tua voz, tua alma, teus encantos,
como doces eram os momentos
em que eu passava a teu lado…
Por mais que o tempo consuma,
com teu corpo na fria escuridão,
continuarás aqui vovó…no meu mundo…
Mundo de sonhos e de ilusão!