Sem coroa, sem cedro, sem manto
que vagueia na obscuridade
secando lágrimas, se derramando em pranto
buscando amenizar a dor alheia
enquanto a sua ela ignora na rotina
deixando para chorá-las na surdina
de um quarto “caliente” no verão
e frio no inverno sombrio
da solidão…
Que Rainha sou eu
sem face, sem rímel, sem dublê
um mero bibelô
de penteadeira antiga
de um quarto de matrona
outrora cortesã de mente sã
que oferecia mesas fartas
entre perfumes e néctares
a sugestões satânicas, até…
Mas tudo era coroado de fé
acreditava-se na mitologia
na Grécia Antiga
e na história de desvio
dos Caminhos da Índia
só então vindo abordar
sob um céu anil
Terra de Vera Cruz – BRASIL.