“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO

SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA”

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PELOS CAMINHOS DO ROCK

Por SELMAR FERNANDO MAIA COUTO

A origem do rock está intimamente ligada aos plantadores de algodão dos Estados Unidos e dos cantores negros das igrejas, representados pelo country, blues, R&B e gospel, mas as grandes revoluções vieram no fim dos anos de 60 e no transcorrer dos anos 70 até meados dos anos 80.

Porém, nem tudo eram flores, liberalismo, os Estados Unidos passavam por guerras como a fria com a URSS (na época) e com o Vietnã, que levavam à rebeldia dos jovens, aqueles mesmos, coloridos, paz e amor. E essa revolta era direcionada aos grandes encontros musicais como Woodstock (1969) e Monterey (1967), a música destruindo a destruição das mortes pelas guerras.

Ápices nas letras e canções desse período, no estilo folk, surgiram: Bob Dylan que em Blowin ‘In the Wind dizia “Sim, e quantas balas de canhão precisarão voar, até serem para sempre banidas?”. E houve a presença inseparável de Bob Dylan, outro expoente do gênero contestador, Joan Baez, que na música Cambodia citou “existe apenas a tristeza no Camboja? Será que não há amanhã no Camboja?

O rock não nasceu para ser moda, música passageira, e sim como um modo de viver, de contestar, mas nunca de se esquecer que há paz e amor no fim do túnel.

E por falar em Camboja …. voltando aos anos 70…..

CAMBOJA (e todas as outras…)

Os corpos, antes esperançosos, agora estendidos no chão,

famílias, o que resta, só prantos,

as armas, agora caladas,

trouxeram em cada ruído,

lágrimas de dor, morte.

Não sabemos a razão, somo como elas,

vítimas e também réus,

somos da raça dos destruidores,

somos também a dor.

Em cada face o silêncio da vergonha

me traz o pranto dos sonhos destruídos,

os corpos das crianças, doem na alma,

inocentes anjos,

vítimas sem saber a razão,

sacrificadas por nós, animais desumanos.

As mães sofrendo não por si próprias,

mas pelos seus, que se foram,

dores evitáveis.

Os corpos já não se levantarão mais,

as armas talvez continuem,

mas, meu Deus!

Por onde andam os sons

dos sorrisos das crianças?

Selmar Fernando Maia Couto