Reencontro-te meu Ipê roxo,
sinto a emoção em meu rosto,
tenho receio de olhar-te…
Quisera esquecer, mas não posso
pois foste meu único amigo, como és agora!
Sob tua sombra ouvi palavras doces
conheci o amor, e tu meu Ipê roxo,
sorristes e fostes feliz comigo!
Enquanto eu amava…
tu balançavas teus galhos,
aprovando aquele amor que era tudo,
mas que hoje já não é nada!
Abandonei-te sem um adeus,
abandonei-te e hoje fui abandonada…
Somos agora dois seres magoados,
com as raízes secas entrelaçadas
que se reencontram e se abraçam
dizendo num quase sussurro:
Oh! Que saudades!