Quando a velhice nos alcança e o cansaço do tempo
nos rouba o resto de vida e de alento,
recordamos de tudo que tivemos
e que tão cruelmente desprezamos!
Hoje tenho o coração repleto de saudades…
ao ver-te como por encanto diante de mim,
minha querida terra – Baependi!
Embora eu tenha os olhos embaçados
pelas lágrimas que vem do fundo d’alma
ainda posso olhar para ti,
minha querida terra – Baependi!
Em meio ás lágrimas, um sorriso,
ao ver lá no alto o Morro Pontudo,
o Cruzeiro, a Capelinha, linha do trem…
onde tantas vezes eu explodia de felicidade
ao ver passar a velha ”Maria Fumaça”…
vejo-te Baependi, tão pequenina,
mas tão linda…
Pobre, mas tão poderosa!
Humilde, mas tão gloriosa!
Vejo tua Praça, teu Fórum, tua Matriz,
A Rita Poté, o Jaime, o Trovão…
Oh, Baependi, como te guardo no coração…
As lágrimas me cegam, sinto-me sem forças,
tenho que parar Baependi. Parar para chorar!
São lágrimas de saudades e de tristezas
pelo muito que de ti recebi
e pelo nada que dei a ti…
Mas eu voltarei um dia, Baependi,
sei que te abandonei, te esqueci
quando em busca de emoções, um dia parti…
Mas cansei lá fora com tudo que vi…
Caminhei, vivi, sofri e aprendi
que terra só existe tu – Baependi!