quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

Em um dia marcado por forte estresse nos mercados financeiros tanto no Brasil quanto no exterior, o dólar superou a marca de R$ 6,20 e fechou no maior valor nominal desde a criação do Plano Real. A moeda norte-americana encerrou a quarta-feira (18) cotada a R$ 6,267, com alta de R$ 0,172 (+2,82%) em apenas um dia. Esse aumento ocorreu em um cenário de volatilidade, sem intervenções do Banco Central, e com uma série de eventos externos e internos impactando o mercado.

A cotação do dólar começou o dia em torno de R$ 6,11, mas viu uma aceleração no período da tarde após uma declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a expectativa de que a moeda se “acomodaria”. Contudo, o grande movimento de alta aconteceu após o comunicado do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos), que, apesar de cortar as taxas de juros em 0,25 ponto percentual, indicou uma postura mais cautelosa em 2025, sinalizando que a autoridade monetária poderá ser mais conservadora nos próximos cortes.

O impacto dessa declaração foi imediato, com a cotação do dólar subindo de forma intensa. Esse movimento reflete a expectativa de juros elevados nos Estados Unidos por mais tempo, o que tende a atrair capital para a economia norte-americana, resultando na fuga de investimentos dos mercados emergentes, como o Brasil.

O cenário de instabilidade também se refletiu na Bolsa de Valores brasileira. O índice Ibovespa, da B3, caiu 3,15%, fechando aos 120.772 pontos, o menor nível desde o final de junho. A queda acentuada no índice foi intensificada após o anúncio do Fed, que gerou uma onda de vendas de ações. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones também registrou uma queda significativa de 2,2%.

Esse movimento nos mercados financeiros ocorre em meio a um cenário de incertezas políticas no Brasil, especialmente com a votação do pacote fiscal no Congresso Nacional. Na noite de terça-feira (17), a Câmara dos Deputados aprovou o primeiro projeto de lei complementar do pacote de corte de gastos obrigatórios, que impõe restrições à concessão de incentivos fiscais em anos de déficit primário e autoriza cortes nas emendas parlamentares. A continuidade da votação do pacote estava prevista para a quarta-feira, mas, até o final da tarde, a sessão ainda não havia começado.

Com as informações da Agência Brasil

Foto: Gerd Altmann / Pixabay

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