sexta-feira, 29 de novembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu ter discutido com militares sobre possíveis ações, como o uso do artigo 142 da Constituição, decretos de estado de sítio e de defesa, em entrevista à Revista Oeste na última quinta-feira (28). Durante a conversa, Bolsonaro reconheceu ter conversado sobre essas hipóteses, mas destacou que as discussões não foram acaloradas. Ao ser questionado sobre o plano de ruptura institucional investigado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente declarou: “Eu sou acusado de golpe desde 2019. Quando se fala em golpe, era golpe usando a Constituição.”

Ele explicou que havia discutido com comandantes de Forças Armadas sobre o uso do artigo 142, que trata do poder das Forças Armadas em garantir o cumprimento da Constituição, bem como sobre a possibilidade de decretação de estado de sítio ou de defesa, mas negou que essas discussões tenham sido intensas ou caracterizado um movimento para um golpe de Estado.

Bolsonaro foi indiciado pela PF no último dia 21 de novembro por integrar uma “organização criminosa, estruturalmente ordenada” com o objetivo de desestabilizar o Estado Democrático de Direito, o que inclui ações que visavam a anulação do processo eleitoral e a tentativa de golpe. O inquérito também resultou no indiciamento de outras 36 pessoas, entre elas o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Em relação ao relatório da PF, o ex-presidente afirmou que se tratava de “uma peça de ficção” e defendeu que não havia provas substanciais contra ele. Bolsonaro também criticou a falta de investigações contra outros envolvidos, como o ex-ministro Braga Netto e o general Augusto Heleno, afirmando que os responsáveis por essas ações tentam lhe atribuir toda a culpa. “Acham que eu sou o mal, o grande mal da democracia”, concluiu.

Com as informações da CNN Brasil e Revista Oeste

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

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