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Nesta terça-feira (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou seu apoio a uma maior intervenção do governo federal na segurança pública brasileira, enfatizando a necessidade de ampliar o papel da Polícia Federal no combate ao crime organizado. Em entrevista à Rádio Sociedade, em Salvador, Lula destacou a urgência de uma abordagem mais robusta diante dos desafios impostos pelo narcotráfico e pelas facções criminosas que, segundo ele, “tomaram conta do Brasil”.

Lula reconheceu que a proposta de integrar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) à Constituição enfrentará resistência significativa dos governadores, dada a autonomia estadual sobre as polícias civil e militar. Ele enfatizou, no entanto, que a intenção não é interferir nas competências locais, mas sim fortalecer a cooperação entre os entes federativos para enfrentar os problemas emergentes na segurança pública nacional.

Nos próximos dias, o presidente planeja se reunir com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e ex-governadores que agora são ministros de Estado, como Rui Costa (BA) e Camilo Santana (CE), para discutir os detalhes de uma proposta de emenda à Constituição (PEC). Lula sublinhou a importância de definir claramente os papéis de cada ente na execução das políticas de segurança, visando uma gestão mais eficaz e coordenada em todo o país.

O Sistema Único de Segurança Pública foi estabelecido por lei ordinária em 2018, permitindo à União o repasse de recursos para apoiar iniciativas de segurança nos estados e municípios. A proposta de Lewandowski visa constitucionalizar o sistema, assegurando uma integração eficiente entre os diferentes órgãos responsáveis pela segurança, similar ao modelo adotado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo o gerenciamento penitenciário em nível nacional.

Fonte e fotos: Agência Brasil