sexta-feira, 22 de novembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

 A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) investiga o incêndio em área de proteção ambiental em floresta de eucalipto. As chamas atingiram uma extensão de aproximadamente dois mil hectares, equivalente a três mil campos de futebol. A área está localizada na zona rural do município de João Pinheiro, no Noroeste do estado.

A suspeita do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), que apura o caso, é de que o incêndio seja criminoso e que tenha sido iniciado para limpeza e preparo de terreno para a atividade agropecuária. Entretanto, em razão da estiagem extrema, as chamas atingiram a mata pertencente ao bioma cerrado, bem como o curso d’água pertencente à bacia hidrográfica do Rio São Francisco.

Testemunhas foram ouvidas pela PCMG e ratificaram que os administradores da propriedade rural confrontante às regiões atingidas estavam ateando fogo com regularidade. Fato este que sempre ocorria no final da tarde, com a intenção de fazer a limpeza do terreno.

Dessa vez, o fogo consumiu a mata e a plantação por mais de 24 horas até ser controlado, com o auxílio de cerca de 30 pessoas, máquinas, tratores, caminhões e ainda uma aeronave.

Investigação

Por meio de imagens de satélites, foi possível verificar a amplitude da área atingida e os danos provocados pelo incêndio. A perícia foi acionada para comparecer ao local dos fatos a fim de comprovar a materialidade do crime ambiental, bem como determinar a área de início da atividade incendiária.

De acordo com a chefe do Dema, delegada Bianca Landau Braile, vale destacar que novos meios tecnológicos estão sendo empregados nas investigações de incêndios, com monitoramento via satélite que permite indicar a área de início dos focos.

Após serem identificados, os responsáveis pelo crime irão responder pelo artigo 41 da Lei 9605/98, referente a crimes ambientais, por provocar incêndio em mata ou floresta. A pena para esse delito pode chegar até quatro anos de prisão.

Fonte e foto: Polícia Civil de Minas Gerais

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