A pesquisa Epicovid 2.0, realizada pelo Ministério da Saúde, destaca os significativos impactos sociais e econômicos da pandemia de Covid-19 no Brasil. O estudo, que envolveu 33.250 entrevistas em 133 cidades brasileiras, revela que 48,6% da população experimentou uma redução em sua renda devido à crise sanitária, enquanto 47,4% enfrentaram insegurança alimentar, ou seja, não tinham a garantia de prover alimentos diariamente.
Os efeitos foram mais graves entre as camadas mais pobres da população e nos domicílios chefiados por mulheres. Segundo o estudo, cerca de 34,9% das pessoas perderam seus empregos durante a pandemia, e 21,5% interromperam seus estudos. Além disso, 14,7% dos entrevistados relataram a morte de um familiar em decorrência da Covid-19.
Outro dado alarmante é o de que mais de 28% da população brasileira, o equivalente a cerca de 60 milhões de pessoas, afirmou ter sido infectada pelo coronavírus ao longo da pandemia.
O Epicovid 2.0 foi conduzido com amostra representativa da população brasileira, com entrevistas realizadas de forma aleatória, onde apenas uma pessoa por residência respondia ao questionário. A pesquisa foi coordenada pelo Ministério da Saúde e contou com a participação de diversas instituições acadêmicas, como a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a Universidade Católica de Pelotas (UCPel), a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O estudo reforça a magnitude dos efeitos da pandemia na vida dos brasileiros, especialmente nas camadas mais vulneráveis da sociedade.
Com as informações da Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil