sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

Uma campanha de notificação eletrônica tem mostrado resultados expressivos na recuperação de celulares furtados ou roubados no Brasil. Entre novembro e a primeira quinzena de dezembro de 2024, mais de 2.600 pessoas devolveram espontaneamente seus aparelhos à Polícia Civil, após serem notificadas por WhatsApp, em 11 dos 27 estados do país. Ao todo, 2.606 celulares serão agora devolvidos aos seus donos originais.

A ação faz parte da Operação Mobile, coordenada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil (Concpc) e realizada no âmbito do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O objetivo da operação é incentivar a devolução voluntária de celulares adquiridos de forma irregular, com foco no combate ao comércio ilegal de aparelhos. As notificações foram enviadas diretamente aos donos dos celulares, alertando sobre a possibilidade de entrega espontânea dos aparelhos.

“Essa operação tem o intuito de incentivar as pessoas que tiveram os celulares roubados a procurarem uma delegacia para registrar a ocorrência”, afirmou Heloísa Brito, presidente do Concpc e delegada-geral da Polícia Civil da Bahia. Ela também destacou que a ação busca combater o mercado ilegal de celulares, já que muitos aparelhos roubados ou furtados acabam sendo vendidos de forma ilícita.

A delegada explicou ainda a importância do número de identificação único de cada aparelho, o IMEI (Identidade Internacional de Equipamento Móvel), que permite a recuperação dos celulares. “Com esse número nós conseguimos recuperar o celular. É preciso que as pessoas entendam que não se deve comprar um celular sem nota fiscal, pois essas compras incentivam os roubos”, alertou Heloísa Brito.

A Operação Mobile também serviu como um teste para o Protocolo Nacional de Recuperação de Celulares, um projeto inspirado em uma iniciativa do governo do Piauí que obteve resultados positivos na redução dos roubos e furtos de aparelhos no estado. O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos de Almeida Neto, explicou que a operação foi uma oportunidade de validar as ações do protocolo nacional e expandir a estratégia investigativa para todo o país.

“A operação foi uma oportunidade para podermos validar as ações do protocolo nacional e evoluirmos no sentido de expandir a estratégia investigativa para o âmbito nacional”, comentou o secretário.

A operação envolveu 11 estados brasileiros: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Esses estados foram os primeiros a integrar o grupo de trabalho que, desde agosto de 2024, tem se dedicado a desenvolver e aplicar o protocolo nacional de recuperação de celulares.

Com as informações da Agência Brasil

Foto:  Olha Ruskyh

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