quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde, dentro do inquérito Epicovid 2.0, apontou que 18,9% das pessoas que já foram infectadas pela Covid-19 continuam a sofrer com sintomas persistentes da doença, conhecidos como “Covid longa”. Entre os sintomas mais comuns estão o cansaço extremo, perda de memória, ansiedade, dificuldade de concentração, dores articulares e perda de cabelo. A pesquisa revelou ainda que esses sintomas são mais frequentes entre mulheres e indígenas.

O estudo, apresentado nesta quarta-feira (18), também trouxe à tona a dimensão da pandemia no Brasil. Mais de 28% da população brasileira, o que equivale a aproximadamente 60 milhões de pessoas, relataram ter sido infectadas pela Covid-19. Esses dados refletem a magnitude da doença no país e o impacto contínuo na saúde da população.

Vacinação contra a Covid-19

A pesquisa também revelou informações importantes sobre a vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Segundo o estudo, 90,2% dos entrevistados receberam pelo menos uma dose da vacina, e 84,6% completaram o esquema vacinal com duas doses. A adesão à vacinação foi mais alta na Região Sudeste, entre idosos, mulheres e pessoas com maior nível de escolaridade e renda.

No entanto, a pesquisa apontou que, apesar da alta taxa de adesão à vacina, 57,6% dos entrevistados afirmaram confiar nas vacinas contra a Covid-19, enquanto 27,3% relataram desconfiança sobre as informações a respeito do imunizante. Além disso, 15,1% dos entrevistados se mostraram indiferentes ao tema.

Dentre os não vacinados, 32,4% disseram não acreditar na eficácia da vacina, enquanto 0,5% afirmou não acreditar na existência do vírus. Outros 31% alegaram receio de que a vacina pudesse prejudicar sua saúde, 2,5% disseram já ter contraído a Covid-19 e 1,7% apontaram problemas de saúde como motivo para não se vacinarem.

Metodologia da pesquisa

A pesquisa Epicovid 2.0 foi realizada em 133 cidades brasileiras, com uma amostra de 33.250 entrevistas. As pessoas foram selecionadas aleatoriamente, com apenas uma pessoa por residência respondendo ao questionário. O estudo foi coordenado pelo Ministério da Saúde e conduzido pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com a participação da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com as informações da Agência Brasil

Foto: Tony Winston / Agência Brasília

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