Várias hortaliças apresentaram redução de preços em Minas Gerais, segundo levantamento da Emater-MG realizado na Ceasa Minas, em Contagem, durante o mês de julho de 2025. Entre os produtos mais consumidos no estado, a cenoura, a batata, a cebola e o alface registraram queda significativa nas cotações no atacado.
De acordo com Georgeton Soares, coordenador técnico estadual de Olericultura da Emater-MG, a boa oferta de cenoura, batata e cebola foi determinante para a redução dos preços. Em São Gotardo, um dos principais polos produtores de cenoura do estado, a safra 2024/2025 tem apresentado valores abaixo das expectativas dos agricultores.
A caixa de cenoura “suja” de 29 kg foi negociada por R$ 15,25 em abril de 2025, muito inferior aos R$ 108,00 registrados no mesmo período de 2024. No Ceasa Minas, o quilo da cenoura caiu de R$ 2,16 em julho de 2024 para R$ 1,44 em julho de 2025, representando uma queda de aproximadamente 33%.
A batata também sofreu forte desvalorização. Entre os dias 21 e 25 de julho, a variedade ágata especial foi vendida a R$ 37 por saca em Belo Horizonte, uma retração de 4,6%. No mesmo período, o quilo da batata no Ceasa Minas passou de R$ 4,93 em julho de 2024 para R$ 1,73 em julho de 2025, pouco mais de um terço do valor anterior. Segundo Georgeton, essa queda preocupa os produtores e deve se manter com o avanço da safra de inverno, cujo pico de oferta é esperado entre agosto e setembro.
A cebola também enfrenta dificuldades no mercado. Com o pico de safra e excesso de oferta, produtores do Triângulo Mineiro têm escalonado a colheita para tentar equilibrar a comercialização. Entre os dias 28 de julho e 1º de agosto, a saca de 20 kg da cebola amarela híbrida foi cotada a R$ 18,92, uma redução de 17,80%.
O tomate salada 3A teve média de R$ 81,79 por caixa na capital mineira na mesma semana, com queda de 18,21%, reflexo da maior oferta nas regiões produtoras. Já o alface apresentou baixa devido à menor demanda, típica do inverno, quando o consumo de saladas e folhosas diminui em favor de alimentos quentes.
A redução nos preços das hortaliças em Minas Gerais reflete o impacto direto da boa produção e das condições climáticas favoráveis. Embora represente alívio para os consumidores, a queda acentuada preocupa os produtores, que enfrentam desafios para manter a rentabilidade diante da alta oferta e da retração no consumo.
Da redação do Jornal Panorama
Com informações e imagem: Emater-MG
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