O Sítio de Testes de Aerogeradores Offshore, localizado no litoral do município de Areia Branca, no Rio Grande do Norte, recebeu a licença prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para sua implantação, na terça-feira, dia 24. Com capacidade instalada de até 24,5 megawatts (MW), este é o primeiro projeto de energia eólica em alto-mar a obter essa autorização no país.
O documento foi entregue durante evento realizado na sede do Ibama, em Brasília, com a participação da diretora de Licenciamento Ambiental, Claudia Barros, e do presidente substituto do instituto, Jair Schmitt. A licença foi destinada ao coordenador do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Antônio Medeiros, e ao diretor regional do Senai no Rio Grande do Norte, Rodrigo Mello.
Segundo o Ibama, a concessão da licença decorreu de um processo técnico aprofundado, conduzido por uma equipe multidisciplinar com ampla experiência em avaliações ambientais. O trabalho teve início em 2017 e, conforme explicou o coordenador de Licenciamento Ambiental de Geração de Energias Renováveis e Térmicas, Eduardo Wagner, representou uma oportunidade de estruturar os parâmetros de análise ambiental desde as fases iniciais do projeto, considerando os impactos nos meios físico, biótico e social.
A avaliação resultou na formulação de um Plano de Gestão Ambiental composto por 13 programas, incluindo ações de monitoramento de fauna, controle de ruídos subaquáticos, qualificação profissional e estratégias de comunicação social, entre outras. A emissão da licença atesta a viabilidade ambiental do projeto ainda na fase de planejamento, ficando o avanço das próximas etapas condicionado ao cumprimento de todas as exigências estabelecidas pelo Ibama.
O marco representa um avanço significativo para o setor de energias renováveis no Brasil, abrindo caminho para novas iniciativas em eólica offshore. De acordo com Claudia Barros, a emissão da licença prévia reforça a importância do conhecimento técnico na regulamentação ambiental e demonstra o potencial de crescimento do segmento nos próximos anos.
Com informações: Agência Brasil
Imagem: FreePik/Imagem Ilustrativa
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