O grupo Brics divulgou, na terça-feira, dia 24, um comunicado conjunto em que condena os ataques realizados contra instalações nucleares do Irã, iniciados em 13 de junho de 2025. O bloco classificou as ofensivas como uma violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, alertando para a escalada de tensões no Oriente Médio e suas potenciais repercussões para a segurança global.
Na declaração oficial, os membros do Brics expressaram preocupação com qualquer agressão contra instalações nucleares pacíficas, ressaltando a necessidade de respeito às salvaguardas, à segurança e à proteção nuclear, mesmo em contextos de conflito armado. O grupo reiterou o apoio a medidas diplomáticas para enfrentar os desafios da região e defendeu o estabelecimento de uma zona livre de armas nucleares e de destruição em massa no Oriente Médio, em conformidade com resoluções internacionais.
O bloco também convocou a comunidade internacional a apoiar o diálogo entre os envolvidos no conflito, buscando uma solução pacífica que beneficie a humanidade como um todo. Os países enfatizaram que o agravamento das hostilidades pode gerar consequências imprevisíveis para a paz, a estabilidade internacional e a economia global, e apelaram para o fim do ciclo de violência por meio de negociações diplomáticas.
O Brics é atualmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã, além de contar com dez países parceiros, entre eles Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba e Vietnã. O conflito foi deflagrado após acusações de Israel contra o Irã, alegando que o país estaria desenvolvendo uma arma nuclear. Em 13 de junho, Israel iniciou os ataques, seguidos, no dia 21, por bombardeios dos Estados Unidos contra as usinas iranianas de Fordow, Natanz e Esfahan.
Apesar de afirmar que seu programa nuclear tem fins exclusivamente pacíficos, o Irã tem sido pressionado pela Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), que o acusa de descumprir obrigações do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. Enquanto Teerã denuncia motivações políticas por parte da agência, o governo dos Estados Unidos, sob o presidente Donald Trump, anunciou na noite de 23 de junho um cessar-fogo entre Irã e Israel. No entanto, confrontos continuaram, com o Irã negando os termos do acordo e Israel afirmando ter neutralizado a ameaça nuclear. O Brics, diante desse cenário, reforça a urgência de uma saída pacífica e negociada para o impasse.
Com informações: Agência Brasil
Imagem: Brics/Divulgação
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