Durante pronunciamento realizado na noite de sábado, 21 de junho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que o país realizou ataques aéreos contra três centros de enriquecimento nuclear no Irã. Segundo ele, o objetivo foi eliminar a capacidade iraniana de desenvolver material nuclear, medida que classificou como uma resposta direta à suposta ameaça representada por Teerã. Os alvos atingidos foram as instalações de Fordow, Natanz e Isfahã, consideradas estratégicas pelo governo americano.
Trump declarou que os bombardeios foram um “sucesso militar espetacular”, afirmando que as estruturas atingidas foram “completamente e totalmente destruídas”. Ele alertou que novos ataques poderão ser realizados com ainda maior intensidade, caso o Irã não opte pelo caminho da paz. O presidente americano também responsabilizou Teerã por quatro décadas de hostilidade, acusando o país de promover atentados contra soldados americanos e de contribuir para milhares de mortes no Oriente Médio.
O discurso de Trump teve o apoio do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que também se pronunciou no sábado. Netanyahu agradeceu publicamente o respaldo dos Estados Unidos e reforçou que a ação era necessária para conter a ameaça representada pelo enriquecimento de urânio iraniano. O líder israelense afirmou que os bombardeios continuarão pelo tempo que for necessário para eliminar qualquer risco de ataque nuclear.
As ofensivas norte-americanas e israelenses ocorrem após o início da campanha militar de Israel contra o Irã em 13 de junho. Embora Teerã afirme que seu programa nuclear possui apenas fins pacíficos e que estava em tratativas com os EUA para manter os compromissos do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) vinha apontando falhas no cumprimento total das exigências, apesar de não haver confirmação de que o Irã estivesse fabricando uma bomba atômica.
O Irã reagiu às acusações dizendo que a AIEA atua de forma politicamente motivada, influenciada por potências ocidentais como Estados Unidos, França e Reino Unido, que apoiam a ofensiva israelense. Em contradição às recentes alegações de Trump, o setor de Inteligência dos EUA havia divulgado, em março, que não havia evidência de que o Irã estivesse construindo armas nucleares. O governo iraniano mantém sua posição de que está sendo injustamente atacado, enquanto acusa Israel de possuir um arsenal nuclear não declarado desde a década de 1950, estimado em cerca de 90 ogivas atômicas.
As declarações de ambos os líderes indicam um aumento nas tensões, com o risco de novos conflitos se intensificando caso não haja avanço diplomático. A situação eleva a preocupação internacional sobre a estabilidade da região e a integridade dos tratados de não proliferação.
Com informações: Agência Brasil
Foto: President Donald J. Trump/Arquivo Pessoal/Instagram
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