sábado, 19 de outubro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

O Centro de Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade Federal de Lavras (UFLA) possui uma coleção de peixes que já ultrapassa 3 mil lotes tombados. Sob a responsabilidade do Departamento de Ecologia e Conservação, o acervo contabiliza cerca de 500 espécies catalogadas, identificadas em diferentes localidades.
O inventário foi construído ao longo de 18 anos de pesquisas e possui espécies de nove bacias hidrográficas brasileiras. A maioria delas está localizada em Minas Gerais, mas também há registros de estados como São Paulo, Espírito Santo, Goiás e Tocantins.
O professor do Instituto de Ciências Naturais da UFLA responsável pelo acervo, Paulo Pompeu, explica que a coleção pode ser considerada um banco de dados público da biodiversidade e consiste em um importante aparato de apoio para pesquisas científicas. “Ela pode, por exemplo, ser consultada por especialistas em trabalhos de identificação de novas espécies ou como testemunho da fauna existente em um local, em um determinado período de tempo”.
Recentemente, o catálogo foi consultado para a produção de um documentário sobre uma espécie em extinção: o peixe Surubim do rio Jequitinhonha. “O biólogo responsável não encontrou o peixe no rio, e foi em nosso acervo que ele obteve as imagens”, conta a pesquisadora Andressa Mendes.
A coleção também é uma referência para identificar, por meio de comparações, espécies capturadas em determinado local, além de ser utilizada em atividades de educação ambiental e servir como fonte para pesquisas que envolvam características ecológicas, como a alimentação dos peixes.

Fonte e fotos: UFLA

Compartilhe:
Exit mobile version