A sede da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Sesuc), localizada na Avenida Sete de Setembro, 768, no Costa Carvalho, está com visual diferente. Quem passar pelo local vai observar a varanda da casa com banners e flâmulas, que convidam para a exposição Arte e Cidadania. Lá, o público vai poder conhecer um pouco dos projetos desenvolvidos com alunos de escolas municipais e adultos acautelados.
Por refletirem a construção do pertencimento racial positivo e o resgate da cidadania, os trabalhos reforçam a mobilização do mês da consciência negra. Logo na recepção, as mascotes negros da Guarda Municipal, GMs Gil e Maju, evidenciam a proposta de referenciar a população, a cultura e a valorização da identidade negra.
A exposição traz ao público produções que discutem, pelo olhar infantil, pontos como o reconhecimento da cor da pele e do tipo de cabelo como elementos constituintes da formação da identidade racial. O tema é trabalhado pelo projeto Nossa Escola: Segurança, Cidadania e Cultura de Paz com crianças a fim de fortalecer a autoestima, a autoconfiança, o respeito e diminuir preconceitos, que levam à prática da violência no ambiente escolar.
Também se encontram na mostra, peças produzidas por pessoas privadas de liberdade, público com o qual a Sesuc desenvolve o projeto Integra, levando atividades reflexivas, socioeducativas e profissionalizantes para dentro do sistema prisional. A tônica da iniciativa é oferecer caminhos possíveis para a ressocialização.
No salão interno da sede da Sesuc, se encontram brinquedos em madeira feitos na marcenaria da Penitenciária Juiz de Fora I – José Edson Cavalieri (PJEC). São aviõezinhos, carrinhos, cadeirinhas coloridas, que remetem à essência de um tempo a ser recuperado. O mesmo sentimento se constata em frases estampadas em um varal de mensagens colhidas das mulheres internas na unidade. Os depoimentos resultam dos encontros de saúde mental, realizados no último pelo projeto com as acauteladas .
Embora em faixas etárias distintas e em momentos de vida completamente diversos, crianças em fase escolar e pessoas em cumprimento de pena de privação de liberdade mostram em seus trabalhos convergência no que se refere ao direito de todos a um futuro com perspectivas de mudanças. Uma união simbólica da igualdade das necessidades humanas de ter oportunidades, de ser aceito e de ser tratado com igualdade.
A exposição pode ser visitada na sede da Sesuc, de segunda a sexta-feira, entre 9h e 18h, até o dia 19.
Fonte e foto: PJF
