quinta-feira, 21 de novembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

A Seleção Brasileira de vôlei sentado masculino chegou à França para competir na primeira edição dos Jogos Paralímpicos em Paris. O time, liderado pelo técnico paraibano José Agtônio Guedes, conta com uma combinação de atletas experientes e jovens talentos revelados nas Paralimpíadas Escolares, promovidas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). A estreia dos Jogos ocorrerá em 28 de agosto, com a cerimônia de encerramento programada para 8 de setembro.

Uma Equipe Mesclada com Experiência e Novidade

O time brasileiro de vôlei sentado masculino busca conquistar sua primeira medalha de ouro em Jogos Paralímpicos. Em edições anteriores, o time feminino já garantiu duas medalhas de bronze, nas edições de 2016 e 2020. Enquanto o time masculino ainda busca seu lugar no pódio, a equipe atual combina atletas veteranos, como Levi e Luís Fabiano, com novos talentos, como Raysson Ferreira e Thiago Costa.

Levi, um veterano da equipe com uma carreira também no vôlei convencional, traz sua experiência de competições anteriores em Londres 2012 e Rio 2016. Ele destaca a evolução e o crescimento da modalidade, que agora atrai mais atletas e atenção. Luís Fabiano, com 48 anos e sequela de poliomielite, também traz uma vasta experiência e conhecimento adquirido ao longo dos anos.

Por outro lado, Raysson Ferreira, de 24 anos, amputado da perna esquerda devido a um osteossarcoma, e Thiago Costa, de 24 anos, amputado da perna esquerda após um acidente de ônibus, representam a nova geração de atletas. Ambos têm grande expectativa em sua primeira participação nos Jogos Paralímpicos.

Preparação e Expectativas

Desde 13 de agosto, a seleção está em Troyes, uma cidade a cerca de 160 km de Paris, para a fase de aclimatação. Além da equipe de vôlei sentado, outras seleções brasileiras também estão na região de Aube, incluindo atletismo, badminton, goalball, natação, remo, taekwondo e tênis de mesa. Recentemente, os atletas de tênis em cadeira de rodas chegaram à cidade.

O técnico José Agtônio Guedes enfatiza a importância da renovação contínua da equipe e a integração entre atletas experientes e novos talentos. “Nosso desafio é planejar o processo de renovação da seleção, identificando os talentos que podem evoluir até os Jogos Paralímpicos seguintes”, afirmou Guedes. Ele também destacou a importância do trabalho nas seleções de base e da troca de experiências entre as gerações.

Desafios e Jogos

O Brasil estreia nos Jogos Paralímpicos contra a Alemanha no dia 30 de agosto, às 13h (horário de Brasília). O grupo B, em que o Brasil está inserido, também conta com a presença do Irã, considerado uma das maiores potências do vôlei sentado, e da Ucrânia. As partidas contra o Irã e a Ucrânia ocorrerão nos dias 1º e 3 de setembro, respectivamente.

No grupo A, estão França, Egito, Bósnia-Herzegovina e Cazaquistão. Apenas os dois melhores de cada grupo avançam para as semifinais. O Brasil, que tem ficado na quarta colocação nas últimas edições, tem como objetivo melhorar seu desempenho e alcançar a final em Paris.

Delegação Brasileira e Preparação

A delegação brasileira para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 é a maior já enviada para uma edição dos Jogos fora do Brasil, com 280 atletas, sendo 255 com deficiência, competindo em 20 modalidades. Na região de Aube, onde Troyes está localizada, estarão 216 atletas de 13 modalidades, incluindo vôlei sentado, realizando suas preparações finais para o evento.

José Agtônio Guedes conclui, “Estamos trabalhando intensamente para consolidar nossa posição entre os melhores do mundo. O objetivo é claro: chegar à final dos Jogos Paralímpicos de Paris e mostrar a força do vôlei sentado brasileiro”.

Fonte e foto: Comitê Paralímpico do Brasil

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