sábado, 19 de outubro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta sexta-feira (6) um estudo que mostra um crescimento de 5,8% na renda habitual média dos trabalhadores brasileiros no segundo trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período do ano passado. A pesquisa também indica uma elevação dos rendimentos em relação ao trimestre anterior. No entanto, apesar desse aumento, os dados mensais apontam que o rendimento habitual médio real atingiu seu pico em abril, com R$ 3.255, mas recuou para R$ 3.187 em julho, representando uma queda de 2,1%.

O relatório “Retrato dos Rendimentos do Trabalho – Resultados da PNAD Contínua do Segundo Trimestre de 2024”, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do IBGE, revelou que os trabalhadores por conta própria, empregados sem carteira assinada e servidores públicos obtiveram um crescimento interanual da renda superior a 7% (7%, 7,9% e 7,4%, respectivamente). Já os trabalhadores com carteira assinada no setor privado tiveram um crescimento mais modesto, de 4,4%, mantendo um ritmo mais lento desde o início de 2023.

Regiões e grupos específicos também apresentaram variações na renda. Os maiores aumentos ocorreram no Nordeste (8,5%), entre os trabalhadores com mais de 60 anos (8,8%) e aqueles com ensino superior (5,7%). Por outro lado, os menores crescimentos foram observados entre pessoas com ensino fundamental incompleto (1,1%), residentes na Região Centro-Oeste (3,3%), jovens de 14 a 24 anos (3,6%) e moradores de regiões metropolitanas (4,4%).

O estudo também destacou a evolução dos rendimentos entre os gêneros. Em 2023, as mulheres registraram um crescimento de renda superior ao dos homens, mas, no segundo trimestre de 2024, o cenário voltou a se inverter, com um aumento de 6,2% para os homens, enquanto as mulheres tiveram um incremento de 5,2%.

Em termos setoriais, a renda habitual apresentou os piores desempenhos nos setores de construção, agricultura e serviços profissionais, com queda de 1% e aumentos de apenas 0,5% e 2,1%, respectivamente. Por outro lado, os trabalhadores da indústria e da administração pública viram suas rendas crescerem mais de 8%.

Fonte e fotos: Agência Brasil.

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