Jorge Luiz Sampaio Santos, presidente da torcida organizada Mancha Alviverde, do Palmeiras, renunciou ao cargo no domingo (8) após ser acusado de envolvimento em uma emboscada contra torcedores do Cruzeiro. A ação, que ocorreu no dia 27 de outubro, resultou na morte de um membro da torcida Máfia Azul e em ferimentos em outros 17 torcedores. Santos, que estava foragido desde que o mandado de prisão temporária foi decretado pela Justiça, anunciou sua decisão por meio de uma nota divulgada por sua defesa.
Segundo os advogados de Santos, ele pretende se entregar à polícia até a próxima quinta-feira (12), confiando na capacidade do Poder Judiciário de garantir sua integridade física, segurança e direitos fundamentais. A defesa também reiterou que as acusações não correspondem à realidade, afirmando que o presidente da Mancha Alviverde está comprometido em provar sua inocência.
O caso está relacionado a uma emboscada ocorrida na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, quando torcedores palmeirenses atacaram membros da Máfia Azul, usando pedaços de pau, pedras, barras de ferro e rojões. A Polícia Civil apontou que o ataque foi uma retaliação de uma briga ocorrida em 2022, em Minas Gerais, entre as duas torcidas. Além de Santos, outros membros da Mancha Alviverde estão sendo procurados. Na última operação da Polícia Civil, 10 palmeirenses foram presos, mas três, incluindo o presidente, ainda estão foragidos. Com a renúncia, Santos se afasta da presidência da torcida, ressaltando a necessidade de preservar sua família e dedicar-se integralmente à sua defesa.
A Polícia Civil segue investigando o caso, com o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa utilizando vídeos postados nas redes sociais pelos próprios torcedores para identificar os envolvidos. Até o momento, 12 pessoas foram presas e 8 continuam sendo procuradas.
Fonte e foto: Redes Sociais