quinta-feira, 21 de novembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

Duas investigações distintas da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), resultaram na responsabilização dos suspeitos de envolvimento em crimes de violência contra mulher e meninas.

Um dos investigados, de 47 anos, é professor de educação física e foi preso pela PCMG por estupro de vulnerável em Betim. Em Vespasiano, um homem, de 63 anos, preso em flagrante na data dos fatos, foi indiciado pela PCMG por cárcere privado, violência psicológica, ameaça e vias de fato.

Estupro

A equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Betim cumpriu, na segunda-feira (18/11), o mandado de prisão preventiva do homem de 47 anos. A vítima do crime é uma menina de 12 anos, aluna do investigado. Ele foi preso na residência da mãe dele, no bairro Petrópolis, em Betim.

As investigações tiveram início em agosto de 2024, quando a mãe da vítima reportou os fatos na delegacia. De acordo com a delegada Patrícia Godoy, titular da Deam em Betim, o homem é conhecido na cidade, atua como professor de educação física em uma escola particular, ministra aulas de lutas em associação do bairro e exerce a função de assessor de um vereador na Câmara Municipal.

“Conforme apurado, ele se aproveitou da função exercida como professor de jiu-jitsu e atraiu a vítima sob a justificativa de procurar um kimono para a menina. Ele possuía a chave do local, que estava fechado, ficou sozinho com a vítima e consumou a conjunção carnal”, informou Godoy, acrescentando que o fato foi constatado pela prova pericial.

Ainda segundo a delegada, “a produção de provas se tornou ainda mais complexa devida a posição social ocupada pelo autor no município. Tal fato remete à possibilidade de ter mais vítimas que não denunciam por também temer pela condição do autor. Diante disso, represemos pela prisão preventiva do autor, que foi deferida pelo juízo e cumprida pela equipe”.

Com a prisão do suspeito, as investigações prosseguem visando identificar outras vítimas.

Cárcere Privado

A outra investigação foi conduzida pela Deam em Vespasiano, que concluiu, na quinta-feira (14/11), o inquérito policial com o indiciamento do suspeito, de 63 anos, por cárcere privado triplamente qualificado, violência psicológica, ameaça e vias de fato.

Após denúncia anônima, registrada no dia 6 de novembro, ficou comprovado que um homem manteve em cárcere a companheira, de 35 anos, e a filha do casal, de 2. O crime ocorreu no bairro São Damião, em Vespasiano.

Segundo a delegada Nicole Perim, responsável pela investigação, a mulher relatou que há um mês elas eram mantidas presas em um quarto, onde foram obrigadas a fazer as necessidades fisiológicas em um balde, e só saiam uma vez por dia, acompanhadas pelo autor, para tomar banho. O homem, que confirmou a prática do crime, foi preso em flagrante na data da denúncia.

“Na casa, com cerca de 80 metros quadrados, também moravam a ex-companheira do autor e outras duas filhas dele, já maiores de idade. As três mulheres foram indiciadas por cárcere privado duplamente qualificado como partícipes do crime”, considerou Perim.

A delegada contou ainda que “O autor foi indiciado por cárcere privado triplamente qualificado (em razão de ter mantido as vítimas sem liberdade por mais de 15 dias, por ser descendente e cônjuge e ainda por ter uma vítima menor de 18 anos), por violência psicológica praticado contra a companheira dele, bem como ameaça, e pela contravenção penal de vias de fato por agredir a mulher constantemente com tapas, empurrões e socos”.

O investigado continua preso e o procedimento foi remetido à Justiça.

Fonte e foto: Polícia Civil de Minas Gerais

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