quarta-feira, 11 de dezembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

Como diretriz institucional, reforçada no planejamento de 2024, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) empreende esforços contínuos na repressão qualificada à atuação de organizações criminosas no estado – sobretudo com foco no combate ao tráfico de drogas e crimes correlatos, a exemplo da lavagem de dinheiro – e no enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher.

Neste ano, até novembro, foram deflagradas cerca de 3 mil operações policiais de diferentes portes, com mais de 5,6 mil presos (incluindo ainda outros delitos, como os patrimoniais, fraudes e contra a vida). Enquanto, no mesmo período, um montante superior a 461 mil procedimentos investigativos de diferentes naturezas foi concluído, do qual 29,3 mil referem-se a tráfico de drogas, e 53,3 mil a violência doméstica.

Para se ter uma ideia da qualidade das investigações, grandes operações deflagradas neste ano pela Polícia Civil são resultado de apurações que começaram com uma prisão em flagrante ou a partir de uma apreensão, e, no avançar dos levantamentos, revelaram estruturas criminosas complexas. Todo o empenho visa ao objetivo principal: desarticular organizações e aumentar a segurança para o cidadão em todos os cantos de Minas.

Durante apresentação dos resultados da segurança pública no estado, realizada na manhã desta quarta-feira (11/12), a chefe da PCMG, delegada-geral Letícia Gamboge, ressaltou: “A Polícia Civil desencadeou todas as suas ações investigativas voltadas a resultados qualificados. E, neste ano, tivemos investimentos significativos em novas tecnologias voltadas à investigação criminal de organizações criminosas e à repressão à lavagem de dinheiro”.

Combate às organizações criminosas

Apenas por tráfico de drogas, 19,4 mil pessoas foram indiciadas em procedimentos instaurados pela PCMG (considera-se 2024 e outros anos). Também relativo ao trabalho de polícia judiciária, quase 11 toneladas de entorpecentes, apreendidos pelas forças policiais somente em Belo Horizonte, foram incineradas pelo Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc).

Para tornar as investigações policiais mais robustas, de forma a descapitalizar os grupos criminosos, a Polícia Civil está investindo em logística e formação profissional, como a expansão da Rede Estadual de Laboratórios de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), hoje já em funcionamento em 17 unidades de diferentes regiões de Minas, com outros 14 LAB-LD em fase de implantação.

Os resultados já são visíveis, com intervenções significativas em apreensão de bens, bloqueio de contas bancárias, entre outras medidas cautelares, visando à recuperação de ativos para o Estado e ao enfraquecimento do poderio econômico constituído de forma ilegal das organizações criminosas.

Além de pontuar que Minas Gerais é pioneira na implantação da Rede LAB-LD estadual, a chefe da PCMG destacou que a instituição implementou, em 2024, uma unidade de recuperação de ativos. “Exatamente para que possamos, a partir das nossas investigações, recuperarmos todos aqueles valores que são bloqueados em razão dessas ações criminosas”, acrescentou.

Enfrentamento da violência doméstica

A prevenção e o enfrentamento da violência doméstica contra a mulher, outro tema sensível e preocupação de gestores de segurança pública em todo país, também é tratado com atenção pela Polícia Civil.

“Nós temos fortalecido as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams) – no que diz respeito à infraestrutura, à logística, ao quadro de pessoal, à definição de procedimentos operacionais padrão – para que tenhamos a possibilidade do acolhimento das mulheres vítimas de violência doméstica e maior celeridade quanto aos procedimentos de polícia judiciária”, observou Letícia Gamboge.

Na atuação de repressão e responsabilização dos agressores, de janeiro a novembro de 2024, quase 27,7 mil pessoas foram indiciadas pela prática de crimes dessa natureza. Em relação à proteção das vítimas, foram formalizados 58.240 pedidos de medidas protetivas à Justiça, o que representa uma média de 5,3 mil solicitações por mês.

A PCMG também trabalha na ampliação de ferramentas auxiliares, como os projetos Chame a Frida – uma atendente virtual criada em Chatbot via WhatApp, presente em mais de 90 municípios mineiros – e Dialogar – reflexão em grupo com agressores encaminhados por meio de determinação judicial.

Em outra frente, são promovidas campanhas de orientação e prevenção da violência contra a mulher em instituições de ensino, vias públicas, redes sociais, comunidades afastadas dos centros urbanos, empresas, presídios. E para coordenar e fortalecer a política dessa temática, foi criada no âmbito da PCMG a Diretoria Estadual de Gestão das Delegacias de Atendimento à Mulher, que tem a função de supervisionar tecnicamente as ações das 70 Deams em Minas.

Fonte e foto: PCMG

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