quarta-feira, 6 de novembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

Na noite de segunda-feira, 4, o Teatro Paschoal Carlos Magno foi o palco da abertura do Novembro Negro 2024, evento anual promovido pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa). Com o tema “As mulheres negras e a música na cena cultural de Juiz de Fora”, a mesa de abertura reuniu a musicista Sil Andrade, a sambista Yara Canuto, a professora Amana Veiga, a produtora cultural Monike Dias e a influenciadora digital Rebeca Gonçalves, sob a mediação da cantora Aline Crispim.

O encontro promoveu uma reflexão sobre a inserção das mulheres negras no mercado musical, o machismo e o racismo inerentes ao processo e ainda destacou a importância e a força da cultura afro-brasileira na cidade. A diretora-geral da Funalfa, Giane Elisa Sales de Almeida, ressaltou a relevância do Novembro Negro na agenda cultural da cidade. “Instituir o Novembro Negro aqui na Funalfa, dentro da Prefeitura de Juiz de Fora, nos permite refletir sobre as várias trajetórias, as inúmeras possibilidades e as diversas contribuições da população negra para a construção da cidade e para os fazeres artísticos e culturais locais”.

A mediadora da mesa, Aline Crispim, destacou a relevância do feriado da Consciência Negra, instituído nacionalmente no fim do ano passado e que será celebrado pela primeira vez em Juiz de Fora. “Estou grata pelo convite e pelo desafio de mediar esta mesa. Novembro é um mês especial para mim, um momento de renascimento e celebração da minha vida e da consciência negra. Embora o tema seja carregado de tristeza para o povo negro, também é um período de resistência. Com as vozes dessas artistas negras, ganhamos força. O ato de falar sobre nossos trabalhos é uma forma potente de empoderamento em Juiz de Fora”, comentou Aline.

Entre as apresentações da noite, a da cantora Anésia da Silva, de 83 anos, emocionou o público. “Fiquei muito feliz. Aos 83 anos, cantar nesse palco do Teatro Paschoal é uma emoção imensa”, relatou. Além dela, o grupo Vamos Tocar Samba, projeto de extensão do Conservatório de Música Haidée Americano França de Juiz de Fora – Minas Gerais (CEHMFA), coordenado pela professora Amana Veiga, também se apresentou, reforçando a importância da música como ferramenta de resistência e celebração.

O Novembro Negro segue até o dia 30 deste mês em diversos espaços de Juiz de Fora, com uma programação que inclui 54 atrações, como contação de histórias, apresentações musicais, oficinas e palestras. A agenda completa pode ser conferida nas redes sociais da Prefeitura de Juiz de Fora e da Funalfa.

Fonte: Prefeitura de Juiz de Fora

Foto: Ricardo Martins

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