quarta-feira, 23 de outubro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) finalizou a investigação do homicídio de um cabo da Polícia Militar (PMMG), ocorrido em 28 de setembro de 2024, em Belo Horizonte, em um incidente que gerou grande repercussão nas redes sociais devido às imagens do crime amplamente divulgadas.
O caso foi conduzido pela equipe da Delegacia Especializada de Homicídios Noroeste, vinculada ao Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Dinâmica do crime
A investigação revelou que, no dia 27 de setembro, dois policiais militares planejaram uma celebração pela noite porque um deles estava solteiro. A dupla de amigos, que se conhecia há sete anos, se dirigiu à região do bairro Castelo, onde consumiram bebidas alcoólicas em diferentes locais. Após passar por duas boates, eles por fim pararam em frente a outro estabelecimento, estacionando o veículo na rua.
Os suspeitos, que haviam saído de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, também foram para a mesma área. Um dos investigados, ao perceber um problema no para-choque do carro, parou o veículo atrás do automóvel dos militares. Durante essa movimentação, a dupla policial estranhou a conduta, uma vez que estavam bloqueando uma garagem.
O delegado responsável pelas investigações, Lucas Daniel Alves Nunes, explicou que um dos policiais se aproximou do homem que consertava o para-choque, enquanto o outro foi em direção ao segundo suspeito, que estava no banco do passageiro.
“Quando um dos policiais anunciou que estava armado, o passageiro do veículo dos suspeitos, que já estava alcoolizado e tinha antecedentes por tráfico de drogas, disparou em direção a eles, atingindo ambos. O outro policial não conseguiu revidar devido à gravidade dos ferimentos. O atirador ainda disparou contra um deles no chão e fugiu; depois abandonaram o veículo”, disse Nunes.
Fuga
No dia do crime, a PCMG abriu imediatamente um inquérito policial para investigar o caso, que contou com o depoimento do colega da vítima como testemunha.
As investigações identificaram dois suspeitos que, após o ato, fugiram da cena. “Eles abandonaram o veículo utilizado no homicídio e tentaram se deslocar para a região de Três Marias. No entanto, no dia seguinte, um dos veículos conduzido por eles apresentou problemas mecânicos em Corinto. Parentes que estavam em Belo Horizonte foram até a região para auxiliá-los na fuga”, revelou o delegado.
A Polícia Militar percebeu a movimentação suspeita e abordou um dos veículos, que transportava duas meninas a caminho de ajudar os suspeitos. Um homem foi preso na ação, mas o procurado pelos disparos conseguiu escapar para uma área de mata em Corinto, onde ficou por dez dias. “Durante esse período, o suspeito sobreviveu à base de frutas, recebendo apoio de pessoas que, sem saber de sua situação de foragido, o ajudaram”, observou Lucas Daniel.
Por fim, no dia 8 de outubro, a população acionou a PMMG, que se dirigiu ao local apontado, e o foragido se entregou sem resistência. Ele foi preso em flagrante – uma vez que houve perseguição policial contínua pelos dez dias –, e cumprido o mandado de prisão preventiva obtido pela PCMG contra ele.

Fonte e foto: PCMG

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