sábado, 28 de dezembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu, nesta sexta-feira (27), liberdade provisória a quatro jogadoras do time feminino do River Plate, que haviam sido presas em flagrante por injúria racial durante uma partida contra o Grêmio, na última sexta-feira (20), no Estádio Canindé, em São Paulo.

Segundo a decisão do juiz Fernando Oliveira Camargo, as atletas Camila Duarte, Juana Cángaro, Candela Díaz e Milagros Díaz deverão cumprir medidas cautelares. Entre elas, a obrigação de comparecer mensalmente em juízo para justificar suas atividades e a proibição de mudar de endereço sem prévia comunicação ao TJ-SP. Além disso, foi determinado um depósito de R$ 25 mil, que deve ser realizado no prazo máximo de cinco dias, para garantir uma eventual indenização à vítima, sob pena de revogação da liberdade provisória.

As jogadoras foram detidas após um tumulto generalizado no primeiro tempo da partida entre River Plate e Grêmio, válida pela Ladies Cup, torneio de futebol feminino. O conflito teve início após o Grêmio empatar a partida em 1 a 1. Durante a confusão, a volante Candela Díaz foi flagrada fazendo gestos imitando um macaco na direção de um gandula, o que gerou revolta nas jogadoras do Grêmio. A discussão resultou na expulsão de seis atletas do River Plate, e a partida foi encerrada. Como consequência, o time argentino foi excluído da competição e das próximas duas edições do torneio.

O Grêmio registrou boletim de ocorrência na 6ª Delegacia de Polícia, e as jogadoras argentinas envolvidas no episódio foram detidas em flagrante sob a acusação de injúria racial. No sábado (21), as prisões foram convertidas em preventivas e as atletas foram encaminhadas para a Penitenciária do Carandiru, onde permaneceram até o Natal, já que o pedido de habeas corpus foi negado na terça-feira (24).

Com as informações da Agência Brasil

Foto: Antônio Carreta / TJSP

Compartilhe:
Exit mobile version