sábado, 19 de outubro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

Estagiários de graduação e de pós-graduação de 18 comarcas da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) já contam com o registro de ponto eletrônico desde o dia 1/8. A novidade vai atender os 680 profissionais em formação que atuam nas unidades jurisdicionais de Betim, Caeté, Contagem, Esmeraldas, Ibirité, Igarapé, Juatuba, Lagoa Santa, Mateus Leme, Matozinhos, Nova Lima, Paraopeba, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia, Sete Lagoas e Vespasiano.

Essa foi a 3ª fase do projeto, totalizando a incorporação ao sistema de 3 mil estagiários em todo o Estado, o que representa 47% do universo atualmente em atividade, que é de 6.347 estudantes. O recurso informatizado já estava disponível na Capital e em Uberlândia. A próxima etapa abrangerá Governador Valadares e Juiz de Fora, com a previsão de contemplar todas as 298 comarcas até o fim do ano. O registro de ponto eletrônico integra o Portal do Estágio, na Rede TJMG, e que concentra as informações pessoais e solicitações dos estagiários.

De acordo com o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior, as melhorias nas ferramentas utilizadas para a área administrativa têm sido constantes, contínuas e progressivas ao longo de várias administrações do Poder Judiciário estadual mineiro, alcançando resultados que beneficiam principalmente o jurisdicionado. Isso porque esses instrumentos trazem economia de tempo, facilitam a execução das tarefas, reduzem erros de lançamento e procedimentos burocráticos. Além disso, a visualização dos dados em painéis dinâmicos permite mensurações e o conhecimento em detalhes do panorama, subsidiando a tomada de decisões, o planejamento e ajustes.

“Desenvolvidos por meio da colaboração de diversas áreas do TJMG e implementados de forma cuidadosa e paulatina, esses sistemas vão aos poucos transformando o cotidiano de forma positiva. Quanto mais eficiente o funcionamento de rotinas e fluxos e a organização das atividades dentro de um fórum, uma secretaria, um gabinete ou setor, melhor será a gestão dos recursos, o aproveitamento das múltiplas capacidades, o incentivo aos estudantes e mesmo o convívio deles no ambiente de trabalho. O sistema libera as supervisoras e os supervisores de estágio de preocupações mecânicas para que eles se concentrem na preparação desses perfis de maneira mais atenta, dedicada e personalizada”, afirmou.

Modernização

O 2º vice-presidente do TJMG e superintendente da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), desembargador Saulo Versiani Penna, ressaltou que os estagiários são um dos públicos internos estratégicos da instituição. “Muitos estudantes de graduação e pós-graduação em Direito encantaram-se com as carreiras da magistratura, da advocacia, do Ministério Público e da Defensoria Pública graças ao contato na época do estágio. Outros vislumbraram possibilidades de se tornar servidores concursados. Isso também vale para cursos de Psicologia e Serviço Social, entre outras áreas: a experiência nesse momento pode ser decisiva, e a disponibilização de ferramentas que aliviem o dia a dia de estudantes e supervisores qualifica sua interação e possibilita que o relacionamento seja mais produtivo e próximo”, disse.

Para o corregedor-geral de Justiça, desembargador Estevão Lucchesi de Carvalho, o cenário varia bastante no território mineiro, mas em todas as comarcas o aprimoramento dos instrumentos à disposição tende a motivar as equipes e a eliminar entraves. “Há comarcas que contam com uma dezena de estagiários, somando os de graduação e pós-graduação. Em outras, o quantitativo ultrapassa uma centena. Acompanhar esses jovens profissionais com o auxílio de tecnologias eficazes reduz a pressão sobre juízas, juízes, servidoras e servidores, que muitas vezes acumulam funções e já têm um volume considerável de trabalho. O cronograma estabelecido também levou em conta estudos sobre a realidade de cada comarca e o impacto esperado, o que permite uma implementação mais segura e tranquila da ferramenta”, afirmou.

Trabalho em parceria

Segundo a coordenadora de Seleção e Acompanhamento de Estagiários (Coest), Daniela Arantes Corrêa, todo o processo foi precedido de encontros presenciais com as comarcas, agrupadas por região, para evitar deslocamentos excessivos para as equipes convocadas. Essas reuniões, que tinham um público-alvo de 738 pessoas, atingiram 712, um percentual de quase 97%.

“Para conseguir esse grau de comparecimento, tivemos o apoio logístico do Centro de Sustentabilidade (Cesus), da Coordenação de Controle de Transporte (Cotrans) e da Coordenação de Análise e Integração de Sistemas Administrativos Informatizados (Corasa). Sem a colaboração e o apoio deles, esse índice não teria sido possível”, disse.

Para Daniela Arantes Corrêa, com o controle de ponto eletrônico, as supervisoras e os supervisores poderão gerir a frequência de estagiárias e estagiários de forma mais clara, enquanto os estudantes ficam mais autônomos, pois assumirão a responsabilidade e a organização das suas próprias rotinas.

“O controle da frequência de forma sistematizada modernizará o trabalho da Coest, que já estuda reverter a melhoria do fluxo de trabalho em benefício da estagiárias e do estagiário. Os pontos de controle realizados de forma manual diminuirão, trazendo mais agilidade para a análise das questões que afetam o fechamento da folha de pagamento da bolsa de estágio”, afirmou.

Atualmente há 7.711 vagas de estágio autorizadas no TJMG, sendo 5.945 de graduação e 1.766 de pós-graduação. Estão ativos 6.347 estagiários, sendo 4.906 de graduação e 1.441 de pós-graduação. Na avaliação da coordenadora Daniela Arantes, a rotatividade de estagiárias e estagiários dentro das vagas autorizadas é grande, o que justifica a melhoria do fluxo de pagamento da bolsa de estágio. “Isso está sendo alcançado não somente com o registro do ponto eletrônico, mas com o desenvolvimento do Portal do Estágio na Rede TJMG”, disse.

Fonte e fotos: TJMG

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