quinta-feira, 9 de janeiro de 2025
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

Trabalhadores da coleta de recicláveis em situação de rua encontram no bairro Lagoinha, em Belo Horizonte, uma alternativa para higiene pessoal. Inaugurado mês passado, o Aquabox, uma estrutura sustentável erguida em contêiner adaptado com chuveiros, vasos sanitários e máquinas de lavar e secar, atende a este público na avenida Antônio Carlos, no entorno do viaduto Senegal. Desenvolvido pelo Instituto de Estudos do Desenvolvimento Sustentável (Ieds) ainda no contexto da pandemia de Covid-19, a implantação do espaço foi prevista em acordo firmado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) com o Ieds e a Prefeitura de Belo Horizonte.

Para acesso aos serviços de limpeza, os trabalhadores deverão se cadastrar previamente no local. Os usuários terão à disposição quatro máquinas para lavar roupas pessoais, toalhas higienizadas, bebedouro, vasos sanitários e cinco cabines com chuveiros.

O local conta ainda com paisagismo cultivado pelas usuárias do programa “Elas Cultivam a Lagoinha”. A iniciativa, também do Ieds, envolve mulheres em situação de rua do bairro na produção de plantas ou que podem ser usadas na higiene pessoal. Um jardim vertical foi instalado na fachada do Aquabox.

Desde 2021, movimentos sociais e organizações da sociedade civil ligados ao bairro Lagoinha vêm dialogando com o MPMG por conta da situação de abandono de áreas públicas na região. Segundo a promotora de Justiça Luciana Ribeiro da Fonseca, os moradores vinham relatando o abandono e a ausência de políticas urbanas que revitalizassem a região histórica da capital mineira. Diversas audiências foram realizadas, envolvendo o poder público e sociedade civil.

A solução Aquabox havia sido vencedora de um edital chamamento público lançado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e desde então esperava liberação de pendências administrativas e ligadas à segurança pública.

A assinatura do acordo aconteceu em julho deste ano, com previsão de que os custos de água e energia elétrica sejam bancados pela Prefeitura de Belo Horizonte.

Fonte e fotos: MPMG

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