A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apresentou, no dia 7 de janeiro, a conclusão do inquérito que investigou o caso de violência sexual ocorrido em um monte de oração em Belo Horizonte, no último mês de dezembro. O suspeito de 29 anos, preso em flagrante na ocasião, teve a prisão convertida em preventiva.
O caso
De acordo com a titular da Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual, delegada Larissa Carvalhaes, a vítima, uma mulher de 52 anos, frequentava regularmente o monte de orações, no bairro Buritis, região Oeste da capital.
No dia dos fatos, enquanto realizava suas orações, a vítima foi surpreendida pelo suspeito, que a abordou de forma violenta. O homem utilizou força física para consumar o estupro, ameaçando a vítima de morte.
O desfecho do caso começou a ser traçado quando uma amiga da vítima, que estava em uma ligação telefônica com ela no momento do crime, ouviu a violência e acionou a polícia. A rápida mobilização permitiu a prisão em flagrante do suspeito, que foi encontrado escondido em uma grota na mata próximo ao local do crime.
Investigação
O trabalho investigativo incluiu coleta de provas, depoimentos de testemunhas e análises periciais. A delegada informou que vestígios biológicos foram encontrados nas roupas da vítima e submetidos a exames genéticos. O DNA identificado nas amostras correspondia ao do suspeito, comprovando a autoria do crime.
O homem, que possui histórico criminal, incluindo condenações por tráfico de drogas, roubo e corrupção de menores, estava em regime semiaberto no momento do crime. Ele se manteve em silêncio durante o interrogatório e segue preso.
Orientações e prevenção
Representando a chefia do Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam), a delegada Renata Ribeiro Fagundes reforçou a importância de as vítimas de violência sexual buscarem atendimento imediato em hospitais de referência, preferencialmente nas primeiras 72 horas após o crime. Além disso, destacou a necessidade de preservar roupas e objetos utilizados durante o ocorrido para facilitar a coleta de provas.
“Temos uma cartilha sobre violência sexual com orientações importantes para as vítimas. O trabalho integrado das nossas delegacias especializadas e o suporte médico são fundamentais para garantir justiça e acolhimento às vítimas”, enfatizou a delegada.
Infraestrutura reforçada
A coletiva também marcou a apresentação do novo prédio do Defam, que agora reúne todas as delegacias especializadas da Divisão Especializada em Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerância (Demid), além da Delegacia Especializada de Investigação de Ato Infracional (Deai) na Rua Rio Grande do Sul, 661, Barro Preto.
A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) continua funcionando no bairro Carlos Prates (Avenida Nossa Senhora de Fátima , 2.175), e o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA) na Avenida Afonso Pena, 2.300, enquanto a Casa da Mulher Mineira permanece na Avenida Augusto de Lima, 1.845, Barro Preto, oferecendo atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência.
Fonte e foto: PCMG