Impulsionada por tendências nas redes sociais e influenciadores digitais, a rotina de cuidados com a pele — o chamado skincare — se transformou em um fenômeno cultural. No entanto, especialistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-RESP) fazem um alerta: o uso exagerado e sem orientação de cosméticos e dermocosméticos pode trazer danos significativos à saúde da pele.
A dermatologista Sylvia Ypiranga, da SBD-RESP, destaca que o entusiasmo pela prática tem ultrapassado os limites do saudável. “Ácidos fortes, sobreposição de produtos, uso de aparelhos caseiros e fitas adesivas são alguns exemplos de comportamentos que têm provocado aumento nos casos de sensibilidade, dermatites, queimaduras e desequilíbrio da barreira cutânea”, afirma. O fenômeno, apelidado pela imprensa internacional de skincare selvagem, ignora a necessidade de individualização e orientação profissional.
Produtos como ácido retinóico, glicólico, vitamina C em altas concentrações, entre outros, vêm sendo usados simultaneamente, sem diagnóstico clínico. Isso pode resultar em sensibilizações, hiperpigmentações e efeito rebote. A dermatologista Paola Costa ressalta ainda que o uso incorreto de cremes reconstrutores e máscaras faciais — pensados para uso pontual — pode sobrecarregar a pele saudável e aumentar a sensibilidade.
A SBD-RESP reforça que apenas o dermatologista está capacitado para prescrever ativos de forma segura, considerando fatores hormonais, ambientais e imunológicos. O uso de produtos manipulados sem receita, baseados em modismos digitais, pode agravar ainda mais o quadro cutâneo. A orientação médica continua sendo essencial para preservar a saúde da pele.
Da redação com informações da Prefeitura de São Paulo
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