Após denúncias feitas pelo influenciador Felca Bress sobre a exploração de menores em redes sociais, o debate sobre o uso da imagem de crianças e adolescentes online ganhou força no Brasil. Especialistas e representantes do governo defendem a necessidade urgente de regulamentar o funcionamento das plataformas digitais para coibir a adultização e proteger os direitos das crianças.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que enviará ao Congresso Nacional uma proposta de regulamentação das redes sociais. Paralelamente, a Câmara dos Deputados vai instalar um grupo de trabalho para elaborar um projeto de lei sobre o tema. Um dos textos sugeridos como base é o PL 2.628/2022, que prevê multas de até 10% do faturamento das plataformas por descumprimento das regras.
Especialistas destacam que as redes incentivam a superexposição em busca de engajamento e lucro, muitas vezes com conteúdos erotizados envolvendo menores. O psicólogo Rodrigo Nejm e a pesquisadora Débora Salles alertam que esse modelo de negócio viola direitos fundamentais e expõe crianças a riscos como abusos, distorções de imagem corporal e participação involuntária em redes criminosas.
Dados do Cetic.br revelam que 93% dos jovens de 9 a 17 anos no Brasil usam a internet, e 83% têm perfil próprio em redes sociais. Especialistas recomendam supervisão ativa dos pais e políticas públicas que responsabilizem as plataformas pelo conteúdo promovido, garantindo um ambiente digital mais seguro e saudável para crianças e adolescentes.
Da Redação
Com informações da Prefeitura do Brasil
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