Nesta quinta-feira, 14 de agosto, data que marca o Dia de Combate à Poluição, especialistas reforçam os riscos que a má qualidade do ar representa para a fertilidade humana, incluindo os procedimentos de reprodução assistida como a Fertilização In Vitro (FIV). A Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE) publicou recentemente um alerta exigindo medidas governamentais imediatas para enfrentar os impactos da poluição atmosférica sobre a saúde reprodutiva.
Segundo o médico Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana, os poluentes atmosféricos PM2.5 e PM10 interferem no equilíbrio hormonal, na qualidade do esperma, no ciclo menstrual e até no desenvolvimento fetal. Um estudo apresentado no congresso da ESHRE e publicado na revista Human Reproduction mostrou que a exposição a PM10, duas semanas antes da coleta de óvulos, pode reduzir em até 38% as chances de nascimento com vida em procedimentos de FIV.
A pesquisa avaliou mais de 3 mil transferências de embriões congelados ao longo de oito anos. Os cientistas concluíram que a exposição à poluição antes da coleta dos óvulos afeta negativamente a qualidade dos embriões, mesmo em regiões com níveis considerados aceitáveis de poluentes. No Brasil, os índices de PM2.5 superam mais que o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Diante desse cenário, os especialistas recomendam o uso de máscaras em dias com pior qualidade do ar, principalmente para pessoas que planejam tratamentos de fertilidade. A redução da exposição aos poluentes deve ser tratada como uma prioridade de saúde pública.
Da redação com informações da Prefeitura do Brasil
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