O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, declarou neste sábado (9) que seu país não abrirá mão de nenhum território à Rússia, em resposta ao anúncio de uma reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, marcada para 15 de agosto no Alasca. O encontro, segundo Trump, poderá incluir “alguma troca de territórios para o benefício de ambos”, o que provocou reação imediata de Kiev.
Zelensky afirmou que “os ucranianos não entregarão suas terras ao ocupante” e que decisões sobre a guerra não podem ser tomadas sem a participação da Ucrânia. O presidente ucraniano disse ter discutido a situação com líderes como o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o presidente francês, Emmanuel Macron, pedindo “medidas claras” para alcançar uma paz sustentável. Kiev pressiona para que a cúpula seja trilateral, permitindo encontro direto entre Zelensky e Putin, algo que Moscou rejeita por enquanto.
Enquanto isso, os combates continuam ao longo da linha de frente. Bombardeios atingiram a cidade de Kherson, matando duas pessoas e ferindo 16. Em Donetsk, quatro pessoas morreram após ataques russos, e Moscou anunciou a captura da localidade de Yablonovka. As exigências russas para encerrar a guerra incluem a anexação de quatro regiões parcialmente ocupadas, além da Crimeia, e a renúncia da Ucrânia a integrar a Otan, condições rejeitadas por Kiev.
A reunião no Alasca será a primeira entre presidentes em exercício dos EUA e Rússia desde 2021. Para o Kremlin, a escolha do local é “lógica” por estar próximo à fronteira entre os dois países, mas Zelensky destacou que a distância da guerra “é travada em nossa terra, contra nosso povo”.
Foto: Doug Mills/The New York Times
Da Redação
Com informações da Prefeitura de Kiev
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