A rede 5G completa três anos de implantação no Brasil com a marca de 1.025 municípios contemplados, beneficiando 47,2 milhões de usuários em todo o país, segundo balanço divulgado neste domingo, 6 de julho, pela Conexis Brasil Digital, entidade que representa as operadoras de telecomunicações. A primeira cidade a receber oficialmente a nova tecnologia foi Brasília, em 6 de julho de 2022. Desde então, o crescimento foi expressivo, sobretudo em cidades com maior concentração populacional, o que garantiu cobertura a mais de 70% da população nacional.
O estado de São Paulo lidera em infraestrutura, concentrando mais de 10,2 mil antenas instaladas em 622 municípios, o que representa 25% do total nacional. Por outro lado, o Acre é o estado com menor presença do 5G, com apenas 169 antenas em cinco municípios. Pelas exigências do edital da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), lançado em novembro de 2021, todas as capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes deveriam ser atendidas até 31 de julho de 2025. As operadoras, segundo a Conexis, não apenas cumpriram esse compromisso com antecedência, como também já avançaram 60% em relação às metas estabelecidas para 2026.
A implementação da nova geração de internet móvel é considerada essencial para o avanço de setores estratégicos como a indústria 4.0, telemedicina, agricultura de precisão e Internet das Coisas (IoT), devido à alta velocidade, baixa latência e capacidade de conectar múltiplos dispositivos. Ainda assim, a ampliação da cobertura enfrenta desafios, sobretudo em função da ausência de legislação local específica. De acordo com dados da Anatel e do movimento ANTENE-SE, até abril, apenas 450 municípios contavam com legislação alinhada à Lei Geral das Antenas (Lei nº 13.116/2015), enquanto 849 operavam sem um marco regulatório adequado, dificultando a instalação de antenas.
A média populacional por antena nas cidades com legislação vigente é de 3.189 habitantes por estação radiobase (ERB), ao passo que nas localidades sem normas atualizadas esse número chega a 7.031. A Anatel destaca que a falta de regulamentação municipal prejudica o avanço do 5G, que demanda cinco vezes mais antenas do que o 4G, impactando diretamente a qualidade e cobertura do serviço. O cenário atual evidencia a importância de uma atuação conjunta entre União, estados e municípios para viabilizar um ambiente regulatório que favoreça a modernização da infraestrutura digital.
Da redação do Jornal Panorama
Com informações: Agência Brasil
Imagem: FreePik/Imagem Ilustrativa
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