A crescente tensão em Taiwan ganhou novos contornos nesta semana, com a China realizando exercícios militares ao redor da ilha pelo segundo dia consecutivo, mobilizando forças navais, aéreas e terrestres. A operação, de acordo com o Exército de Libertação Popular, foi uma resposta direta às “provocações” do governo taiwanês, em referência às ações recentes da ilha em relação à sua posição política e à busca por apoio internacional.
Os exercícios militares chineses simularam um bloqueio à ilha, testando diferentes cenários de controle aéreo, naval e terrestre, com a intenção de demonstrar força e reafirmar a posição de Pequim de que qualquer movimento em direção à independência de Taiwan resultará em um confronto. As autoridades chinesas afirmaram que ações em prol da independência de Taiwan “podem levar a um conflito” e destacaram a intensificação de suas forças armadas como uma medida preventiva.
Em resposta, o governo de Taiwan acionou seus sistemas de defesa, mobilizando aeronaves e navios de guerra para monitorar e reagir aos exercícios militares da China. Embora Pequim considere Taiwan como uma província rebelde, a ilha mantém um Exército próprio, um sistema de governo independente e tem buscado apoio internacional, especialmente dos Estados Unidos, para enfrentar as crescentes ameaças de Pequim.
O compromisso dos Estados Unidos com a defesa de Taiwan foi reiterado por autoridades norte-americanas, que acompanharam de perto a escalada das tensões na região. Em uma declaração oficial, Washington expressou preocupação com a intensificação das manobras militares chinesas e reafirmou seu apoio a Taiwan, destacando que qualquer tentativa de mudança unilateral do status quo em Taiwan não seria tolerada. Os Estados Unidos têm sido um aliado importante de Taiwan, fornecendo armamentos e assistência em segurança para a ilha, o que tem gerado fricções com a China, que vê essas alianças como uma ameaça direta à sua soberania.
Além das movimentações militares, os exercícios chineses incluíram o teste de novos equipamentos, como barcaças de desembarque projetadas para facilitar operações militares em larga escala. Especialistas de defesa observam que a China está ampliando sua capacidade de invasão, o que aumenta a pressão sobre Taiwan e intensifica a disputa geopolítica com os Estados Unidos e seus aliados na região do Indo-Pacífico.
Por Leonardo Souza
Com as informações: Band News
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