Em 2023, a taxa de homicídios no Brasil registrou uma redução para 21,2 assassinatos a cada 100 mil habitantes, o que representa uma diminuição de 2,3% em relação ao ano anterior. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) no Atlas da Violência. Esse declínio nos homicídios é uma tendência observada desde 2021, embora em nove estados a taxa tenha apresentado aumento, destacando-se Alagoas (4,7%), Amapá (41,7%) e Rio de Janeiro (13,6%).
O estudo revela que, em termos absolutos, São Paulo se manteve com a menor taxa de homicídios, com 6,4 por 100 mil habitantes, enquanto o Amapá apresentou o maior índice, com 57,4 homicídios. A análise também destacou mudanças na geografia da violência nos últimos cinco anos. Enquanto estados das regiões Norte e Nordeste, como Acre, Maranhão, Piauí e Sergipe, mostraram redução nos índices de homicídios, as taxas mais elevadas de assassinatos continuam a concentrar-se principalmente nessas duas regiões.
Os estados da Bahia, Amapá e Pernambuco lideraram o ranking das unidades federativas com maior número de homicídios em 2023. A Bahia, por exemplo, registrou a maior taxa de homicídios do país, com 43,7 por 100 mil habitantes, seguida pelo Amapá (39,7) e Pernambuco (37,3). Por outro lado, o Rio Grande do Sul apresentou uma redução significativa na violência, o que contribuiu para a Região Sul ser a menos afetada, com taxas de homicídios abaixo da média nacional. Entre os estados que ficaram abaixo da média de 21,2 homicídios por 100 mil habitantes estão São Paulo, Santa Catarina e Paraná.
A pesquisa também revelou a quantidade de assassinatos por 100 mil habitantes em vários estados. Estados como São Paulo (6,4), Santa Catarina (8,8) e Rio Grande do Sul (17,2) apresentaram as menores taxas, enquanto estados como Amapá (57,4) e Bahia (43,7) continuam a preocupar. A maior parte das unidades da federação registrou números ainda elevados, com destaque para o Distrito Federal, que teve 11 homicídios por 100 mil habitantes, o que representa uma taxa bem abaixo da média nacional.
Por Eduardo Souza
Com informações: Brasil 61
Foto: Arquivo//Fernando Frazão/Agência Brasil
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