O superávit da balança comercial brasileira alcançou US$ 7,238 bilhões em maio, registrando uma redução de 12,8% em comparação ao mesmo período de 2024. Os dados foram divulgados na quinta-feira (5) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Este é o menor saldo positivo para meses de maio desde 2022, quando o resultado ficou em US$ 4,958 bilhões.
Nos cinco primeiros meses de 2025, o país acumula superávit de US$ 24,432 bilhões, representando uma retração de 30,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impactado pelo déficit comercial de US$ 471,6 milhões registrado em fevereiro, resultado da importação de uma plataforma de petróleo. Enquanto as exportações permaneceram praticamente estáveis, totalizando US$ 30,156 bilhões, as importações avançaram 4,7%, atingindo US$ 22,918 bilhões.
O setor agropecuário apresentou queda nas vendas externas de soja, milho e algodão, influenciado pela baixa nos preços internacionais. Já as exportações de petróleo e minério de ferro também recuaram, refletindo a desaceleração econômica da China. Em contrapartida, a alta nos preços do café e da carne bovina ajudou a equilibrar o desempenho comercial, enquanto a indústria de transformação registrou leve crescimento, impulsionado pela recuperação econômica da Argentina, principal comprador de bens industrializados do Brasil.
O Ministério do Desenvolvimento estima que o superávit comercial deverá atingir US$ 70,2 bilhões em 2025, uma redução de 5,4% em relação ao ano anterior. No entanto, a projeção será revisada em julho, considerando fatores como as recentes barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos e a resposta da China. O mercado financeiro prevê um saldo mais elevado, estimando um superávit de US$ 75 bilhões, segundo o boletim Focus do Banco Central.
Por Eduardo Souza
Com informações: Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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