O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol encara o maior obstáculo de sua curta, mas turbulenta trajetória política. Apesar de ter superado uma tentativa contundente de impeachment, enfrenta pressão de membros de seu próprio partido, que pedem sua renúncia devido à imposição de lei marcial.
Antes visto como um político resiliente, Yoon agora se encontra cada vez mais isolado, enfrentando escândalos e disputas pessoais, uma oposição implacável e divisões internas em sua base partidária.
Após uma vitória apertada nas eleições de 2022, suas lutas recentes o tornaram cada vez mais ressentido, expondo uma imprudência que um antigo oponente apontou como sua marca registrada. Quando Yoon tentou declarar lei marcial na terça-feira (03/12), sua posição política já estava severamente abalada.
Uma tentativa de impeachment contra ele foi derrotada na noite de sábado, depois que membros de seu partido no governo boicotaram a sessão da Assembleia Nacional, mas até mesmo alguns aliados afirmaram que ele não tinha condições de permanecer no cargo e deveria renunciar. Com apenas 195 votos registrados, abaixo dos 200 exigidos para a votação ser válida, a moção foi rejeitada.
A oposição afirmou que fará uma nova tentativa, enquanto o partido de Yoon declarou que buscará uma solução “mais organizada e responsável” para a crise. Alguns especialistas observaram que Yoon, ex-promotor sem experiência em cargos eletivos antes de sua eleição como presidente, demonstrou sinais de “intensa irritação” durante o período de lei marcial, mencionando a linguagem atribuída a ele ao ordenar a prisão de parlamentares que tiveram confrontos com ele.
Fonte: Reuters
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